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Preço do aluguel aumenta seis vezes mais do que a inflação em janeiro

O índice FipeZAP Locação Residencial mostra que cidades do Nordeste e Centro-Oeste lideral a alta

Aluguel: a variação mensal do índice superou a variação do índice para venda de imóveis residenciais no período. (Getty Images/Getty Images)

Aluguel: a variação mensal do índice superou a variação do índice para venda de imóveis residenciais no período. (Getty Images/Getty Images)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercado Imobiliário

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 14h39.

Baseado nos anúncios de preços de locação em 36 cidades do Brasil, o índice FipeZAP registrou elevação de 0,96% no aluguel residencial em janeiro de 2025. O índice é desenvolvido pela Fipe em parceria com o Grupo OLX.

Na comparação com outros índices econômicos, o comportamento médio dos aluguéis no período superou a variação dos preços ao consumidor, medida pelo IPCA e com alta de 0,16%, e a variação positiva dos preços da economia brasileira, apurada pelo IGP-M, que foi de 0,27%. A variação mensal do índice para aluguel também superou a variação do índice para venda de imóveis residenciais no período, que foi de 0,59%.

Paula Reis, economista do DataZAP, afirma que os reajustes vieram em linha com o esperado: uma desaceleração no ritmo de reajuste dos aluguéis, pelo menos até o mercado de venda sentir os efeitos da alta de juros e redução dos recursos da poupança.

"Boa parte da recomposição do valor real do aluguel já aconteceu e há menos espaço para repasses. A variação do índice acumulada em 12 meses em janeiro de 2023 foi de 16,76% e em janeiro de 2024 foi 16,22%, maiores do que a observada atualmente, de 13,16%", explica a especialista.

Segundo a especialista, o mercado de venda sentirá os efeitos da alta dos juros ainda no primeiro semestre do ano. Mas o preço de locação não voltará necessariamente a acelerar — isso depende da reação do mercado de venda.

Considerando todas as cidades que compõem o índice, 33 apresentaram valorização, incluindo 20 das 22 capitais que integram a lista.

Confira a lista completa:

  • Campo Grande (+4,06%)
  • São Luís (+2,85%)
  • Salvador (+2,55%)
  • João Pessoa (+2,35%)
  • Belém (+2,16%)
  • Maceió (+1,97%)
  • Manaus (+1,64%)
  • Goiânia (+1,62%)
  • Aracaju (+1,57%)
  • Rio de Janeiro (+1,19%)
  • Recife (+1,12%)
  • Belo Horizonte (+1,09%)
  • São Paulo (+0,97%)
  • Curitiba (+0,89%)
  • Natal (+0,87%)
  • Porto Alegre (+0,69%)
  • Florianópolis (+0,68%)
  • Vitória (+0,60%)
  • Fortaleza (+0,45%)
  • Teresina (+0,40%)
  • Cuiabá (-1,15%)
  • Brasília (-0,91%)

Rentabilidade do aluguel

A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade para o investidor que opta em adquirir o imóvel para obter renda com o aluguel residencial. Com base em dados de janeiro de 2025, o retorno médio do aluguel residencial foi de 5,82% ao ano.

A taxa é inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.

Em termos comparativos, a rentabilidade projetada foi relativamente maior entre imóveis com apenas um dormitório, de 6,58% ao ano.  Unidades com quatro ou mais dormitórios tiveram rentabilidade de 4,73% ao ano.

Entre as capitais, as rentabilidades projetadas para o aluguel residencial se distribuíram da maior à menor da seguinte maneira.

  • Belém (8,38% a.a.)
  • Manaus (8,15% a.a.)
  • Recife (8,06% a.a.)
  • São Luís (8,04% a.a.)
  • Natal (7,63% a.a.)
  • Cuiabá (7,51% a.a.)
  • Salvador (7,40% a.a.)
  • Campo Grande (7,30% a.a.)
  • João Pessoa (6,80% a.a.)
  • Porto Alegre (6,69% a.a.)
  • Maceió (6,41% a.a.)
  • Brasília (6,14% a.a.)
  • São Paulo (6,11% a.a.)
  • Goiânia (5,96% a.a.)
  • Rio de Janeiro (5,66% a.a.)
  • Florianópolis (5,57% a.a.)
  • Aracaju (5,51% a.a.)
  • Teresina (5,29% a.a.)
  • Belo Horizonte (5,05% a.a.)
  • Fortaleza (4,69% a.a.)
  • Curitiba (4,50% a.a.)
  • Vitória (4,24% a.a.)
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