Economia

Preço de moradia em São Paulo tem nova queda trimestral e anual

Na conta com ajuste pela inflação, São Paulo é o 10º mercado imobiliário mais fraco entre os 46 analisados pelo Global Property Guide

São Paulo teve reversão do cenário do trimestre anterior (iStock/Thinkstock)

São Paulo teve reversão do cenário do trimestre anterior (iStock/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 12 de janeiro de 2018 às 06h00.

São Paulo - Os preços de moradia na cidade de São Paulo caíram no 3º trimestre de 2017, de acordo com dados divulgados no começo do ano pelo Global Property Guide.

A queda foi de 0,20% em relação ao trimestre anterior e de 1,13% em relação ao mesmo período do ano anterior, em números ajustados pela inflação.

É uma reversão do cenário do trimestre anterior, mas a queda foi relativamente moderada. No mesmo ponto de 2016, o ritmo de redução estava em 8% na medida anual.

Quando os números não são ajustados pela inflação, a coisa muda de figura e é verificada alta de preços de moradia na cidade de 0,39% na conta trimestral e 1,38% na conta anual.

Com ajuste pela inflação, São Paulo é o 10º mercado imobiliário mais fraco dos 46 analisados. Sem ajuste pela inflação, é o 14º mais fraco.

Mundo

Os preços de moradia subiram em 24 dos 46 mercados no 3º trimestre, mas o ímpeto de crescimento está arrefecendo: apenas um terço dos mercados mostraram força maior do que um ano antes.

De acordo com o relatório, a Europa é um dos destaques positivos e está vivendo um verdadeiro boom, reunindo 6 dos 10 mercados mais fortes do planeta.

A retomada do continente é visível em vários indicadores. O Eurostat indicou nesta semana que o desemprego na zona do euro retrocedeu a 8,7%, seu nível mais baixo desde janeiro de 2009.

Na Ásia, há grande divergência: os preços caíram em 7 dos 11 mercados analisados, mas alguns dos que sobem estão entre os mais fortes.

Vale destacar o caso da China, que está desacelerando rapidamente diante do aperto das políticas monetária e regulatória.

Os mercados imobiliários mais fortes do planeta na conta ajustada pela inflação são Islândia (alta anual de 18,76%), Hong Kong (13,14%), Macau (10,53%), Canadá (9,69%) e Romênia (9,36%).

Já os mais fracos, pelos mesmos critérios, foram Egito (queda anual de 8,68%), Kiev na Ucrânia (-6,81%), Rússia (-6,69%), Mongólia (-5,7%) e Catar (-2,85%).

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