Joel Rennó Jr., Andries Oudshoorn e Marcos Leite, da OLX: aquisição do Grupo Zap por 2,9 bilhões de reais para acelerar a entrada no setor de imóveis (Leandro Fonseca/Exame)
A OLX , que em março deste ano anunciou a compra do Grupo Zap por aproximadamente 2,9 bilhões de reais para fortalecer sua posição no mercado imobiliário do país, divulgou uma pesquisa exclusiva sobre o comportamento na busca de imóveis pela plataforma. De acordo com o levantamento, houve um aumento de 20% na demanda no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a OLX, o interesse na aquisição de casas e apartamentos teve alta de 27%, enquanto a busca por aluguel cresceu 11%.
A procura por casas teve crescimento de 22% para compra e de 12% para aluguel. Já a de apartamentos registrou a alta de 29% para compra e 9% para aluguel. “O isolamento social fez com que os brasileiros passassem mais tempo dentro de seus lares, o que provocou uma transformação na relação com o morar e impulsionou o interesse por novos imóveis”, diz Marcelo Dadian, diretor de imóveis da OLX Brasil.
Em relação à tipologia, o isolamento parece ter influenciado na procura por moradias com mais cômodos. A plataforma registrou, no terceiro trimestre deste ano, uma busca maior por imóveis de dois dormitórios (44%), seguido pelo de três dormitórios (27%) e pelo de um dormitório (17%). Apenas 6% dos usuários se mostraram interessados por imóveis de quatro dormitórios e 2% de cinco, embora as buscas tenham sido as que mais cresceram proporcionalmente em relação ao ano passado.
No terceiro trimestre, a maior base de usuários da plataforma (62%) tinha interesse em pagar até 250.000 reais pelo imóvel. Porém, a OLX percebeu uma alta de 50% na demanda por residências com valores acima de 1 milhão de reais, e de 49% por imóveis entre 500.000 reais e 1 milhão de reais.
Ao analisar a demanda por aluguel no terceiro trimestre, a maioria dos interessados (48%) procurava casas e apartamentos com valores entre 500 reais e 1.000 reais. No entanto, os dados mostram que houve crescimento também na busca por faixas de preços mais altos em relação ao ano passado.
A procura por aluguel teve crescimento de 34% por imóveis com valor acima de 2.000 reais, de 21% entre 1.000 reais e 2.000 reais e de 8% de 500 reais a 1.000 reais. Somente aluguéis de até 500 reais não tiveram aumento nas buscas, registrando pequena queda de 2%. “O aquecimento do setor imobiliário pode ser percebido em todas as regiões do país. E, com a possível melhora da economia após a pandemia, a expectativa é que o mercado fique cada vez mais fortalecido”, afirma Dadian.
Segundo a OLX, a plataforma recebe mais de 1,4 milhão de pessoas interessadas em imóveis todos os meses. Ao todo, são mais de 310 milhões de buscas na categoria e 13 milhões de contatos realizados mensais.