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Comprar um imóvel sem a devida verificação pode resultar em graves consequências jurídicas, como transferência de imóvel anulada (ridvan_celik/Getty Images)
Publicado em 10 de abril de 2025 às 16h46.
Comprar um imóvel costuma ser a realização de um projeto de vida, mas também pode se transformar em uma dor de cabeça quando não se observa com atenção a situação legal da propriedade. Imóveis com restrição judicial são aqueles que, por decisão da Justiça, possuem impedimentos que podem afetar seu uso, venda ou valorização. Entender o que caracteriza essas limitações é essencial para evitar riscos jurídicos e prejuízos financeiros.
Na prática, a restrição pode ocorrer de diversas formas: hipotecas judiciais, penhoras por dívidas, disputas entre herdeiros ou bloqueios por ações de improbidade administrativa. Essas limitações, mesmo que invisíveis na aparência do imóvel, ficam registradas oficialmente na matrícula do bem. Ignorá-las pode levar a problemas sérios, como a anulação da compra ou a perda do investimento.
As restrições judiciais têm origem em decisões emitidas durante processos civis, trabalhistas ou criminais. A principal função desse tipo de bloqueio é assegurar o cumprimento de dívidas, preservar direitos de terceiros ou garantir a continuidade de litígios até a resolução final.
Quando um juiz determina uma medida sobre o imóvel, ela é registrada no cartório de registro de imóveis da jurisdição competente. A restrição pode ser de vários tipos: desde uma penhora, que impede a venda enquanto uma dívida está em aberto, até um arresto, medida cautelar que bloqueia o bem para evitar fraudes.
Para evitar problemas, é fundamental realizar uma análise minuciosa da situação do imóvel antes de concluir a compra. O primeiro passo é solicitar a certidão de matrícula atualizada no cartório de registro de imóveis. Este documento é a "identidade" do bem, onde constam todas as informações relevantes, incluindo eventuais restrições. Além disso, é prudente:
Comprar um imóvel sem a devida verificação pode resultar em graves consequências jurídicas. Se a propriedade estiver bloqueada, a transferência pode ser anulada posteriormente, deixando o comprador sem o bem e, muitas vezes, sem o dinheiro investido.
Outro impacto comum é a dificuldade de venda futura. Um imóvel com restrição tende a ser desvalorizado e pode demorar mais tempo para encontrar compradores dispostos a assumir os riscos.
Portanto, embora a análise documental possa parecer burocrática, ela é essencial para garantir a segurança jurídica da transação e preservar o investimento.
Além de investigar a situação legal do imóvel, é recomendável adotar outras práticas de precaução:
Ao seguir essas etapas, o comprador reduz consideravelmente o risco de surpresas desagradáveis e assegura que a aquisição será sólida e vantajosa.