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O memorial descritivo facilita processos de financiamento, pois serve como uma prova de que a construção foi feita de acordo com as normas legais e técnicas (Thinkstock/SolisImages)
Publicado em 8 de abril de 2025 às 14h37.
Ao adquirir um imóvel, muitos fatores precisam ser analisados, desde a localização até o valor de mercado. Um aspecto frequentemente negligenciado, mas de grande relevância, é o memorial descritivo, um documento que traz informações detalhadas sobre a construção. Além de ser uma exigência legal, esse relatório técnico oferece ao comprador uma visão clara sobre o que foi prometido e o que foi efetivamente entregue pela construtora.
O memorial descritivo tem como principal objetivo registrar de maneira precisa todas as etapas da obra, desde o planejamento até os acabamentos finais. Esse registro não apenas valida o processo de construção, mas também funciona como uma ferramenta de proteção para quem está comprando, pois assegura que a obra foi executada conforme as normas e especificações acordadas.
Um memorial descritivo é composto por uma série de informações técnicas essenciais, como a descrição do terreno, a área construída, os materiais usados, e o projeto de instalações elétricas e hidráulicas. Entre os detalhes que o documento deve incluir, estão:
A principal função do memorial descritivo é proporcionar transparência entre comprador e vendedor. Ele oferece uma visão clara sobre as especificações do imóvel, evitando problemas futuros relacionados a discrepâncias entre o que foi prometido pela construtora e o que foi efetivamente entregue.
Além disso, o documento tem um papel importante na prevenção de golpes. Ao verificar o memorial descritivo, o comprador pode confirmar se o imóvel foi construído conforme as informações divulgadas, o que protege contra fraudes que, infelizmente, ainda ocorrem no setor imobiliário.
Outro ponto crucial é que o memorial descritivo comprova que a obra foi realizada conforme as normas da prefeitura e os regulamentos técnicos, facilitando a regularização do imóvel e evitando complicações para quem deseja financiar ou vender a propriedade no futuro.Para garantir que o memorial descritivo esteja correto e completo, o comprador deve verificar alguns pontos-chave antes de finalizar a negociação. Primeiro, é fundamental que o documento esteja registrado em cartório, o que confere validade jurídica à obra. Sem esse registro, a construção pode ser considerada ilegal ou irregular, trazendo uma série de problemas para o comprador, como a impossibilidade de obter financiamento ou realizar a transferência de propriedade.
Além disso, o comprador deve confirmar se o memorial está de acordo com o projeto aprovado pela prefeitura, o que é uma garantia de que a obra respeitou todas as normas urbanísticas e de segurança. Caso haja divergências entre o que está registrado no memorial e a obra executada, o comprador tem o direito de solicitar correções ou até mesmo o ressarcimento por danos.
Por fim, é aconselhável que o comprador conte com o auxílio de um especialista, como um engenheiro ou arquiteto, para revisar o memorial descritivo e garantir que todas as informações estejam corretas e completas. Isso reduz o risco de imprevistos no futuro e proporciona maior segurança jurídica.
O memorial descritivo também facilita processos de financiamento, pois serve como uma prova de que a construção foi feita de acordo com as normas legais e técnicas. Instituições financeiras exigem esse documento para liberar o crédito, já que ele demonstra que o imóvel está regularizado.
Além disso, ao pensar na revenda do imóvel, ter um memorial descritivo registrado em cartório é um fator positivo. Ele comprova a qualidade da obra e facilita a venda, já que potenciais compradores têm acesso às informações técnicas, o que aumenta a confiança na negociação.