O coliving promove um estilo de vida mais comunitário, incentivando a formação de uma rede de contatos (André Nazareth)
Publicado em 4 de outubro de 2024 às 16h51.
O coliving é uma tendência crescente no mercado imobiliário que combina moradia compartilhada com uma comunidade colaborativa, voltada para otimizar o uso de espaços e oferecer uma experiência de convivência integrada. Este conceito tem ganhado destaque principalmente em grandes centros urbanos, onde o custo de vida elevado e a busca por soluções sustentáveis incentivam alternativas de moradia mais acessíveis e práticas.
No modelo de coliving, os moradores compartilham áreas comuns, como cozinha, sala de estar, lavanderia e, em alguns casos, até espaços de coworking. Cada pessoa ou grupo tem seu próprio quarto ou unidade privada, garantindo privacidade, mas com a possibilidade de interação constante nas áreas coletivas. O foco é criar um ambiente que favoreça a convivência, a troca de experiências e o trabalho colaborativo, sem abrir mão da individualidade.
As estruturas de coliving variam bastante, mas, geralmente, estão associadas a soluções tecnológicas para otimizar o uso do espaço e facilitar a gestão das áreas comuns, como aplicativos para reservar salas de reunião ou espaços de lazer. A praticidade e o custo mais acessível são os grandes atrativos para jovens profissionais, estudantes e até freelancers que buscam uma moradia flexível e que valorize a socialização.
Entre as principais vantagens do coliving estão os custos reduzidos, pois as despesas com manutenção, limpeza e até contas de serviços básicos, como energia e internet, são divididas entre os moradores. Isso, aliado à localização estratégica desses empreendimentos, geralmente em áreas centrais das cidades, torna o coliving uma opção bastante atrativa.
Além disso, o coliving promove um estilo de vida mais comunitário, incentivando a formação de uma rede de contatos e colaboração, algo valorizado especialmente por quem busca novas conexões profissionais e sociais.
Por outro lado, para quem prefere um ambiente mais privado e menos interação social, o coliving pode não ser o modelo ideal. A convivência constante em áreas compartilhadas pode gerar desafios relacionados à privacidade e à adaptação a diferentes perfis de moradores.
O conceito de coliving chegou ao Brasil há alguns anos, mas vem ganhando mais força recentemente, especialmente nas grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Empresas e startups imobiliárias têm investido em projetos que oferecem essa solução de moradia para atender à crescente demanda por formas de habitação mais flexíveis e modernas, principalmente entre o público jovem.
A busca por um estilo de vida mais simples, com menos comprometimento com o longo prazo e maior foco em experiências e conexões, faz do coliving uma opção bastante promissora. As perspectivas de crescimento desse mercado são positivas, com cada vez mais projetos surgindo para atender à demanda.
A decisão de optar por um coliving depende dos seus objetivos e estilo de vida. Se você valoriza a interação social, quer reduzir custos e está aberto a compartilhar espaços, o coliving pode ser uma excelente escolha. Porém, é importante avaliar sua necessidade de privacidade e autonomia antes de aderir a esse tipo de moradia.
Com o cenário urbano cada vez mais competitivo, o coliving surge como uma solução inovadora e funcional, especialmente para quem busca novas formas de viver e trabalhar de maneira integrada e colaborativa.