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MRV (MRVE3) impulsiona geração de caixa com venda nos EUA e programa habitacional

Venda de empreendimento nos Estados Unidos deve trazer alívio aos investidores em relação à queima de caixa

Ricardo Paixão CFO da MRV: subsidiária internacional da companhia deve se beneficiar da queda de juros nos Estados Unidos (Nitro Imagens/Divulgação)

Ricardo Paixão CFO da MRV: subsidiária internacional da companhia deve se beneficiar da queda de juros nos Estados Unidos (Nitro Imagens/Divulgação)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 8 de outubro de 2024 às 18h32.

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A MRV (MRVE3), maior construtora da América Latina, divulgou nesta terça-feira, 8, a prévia operacional do terceiro trimestre deste ano. Um dos destaques apresentados foi a Resia, subsidiária de locação da companhia nos Estados Unidos. O braço internacional do negócio é acompanhado de perto pelos investidores da MRV porque uma das preocupações do mercado é com a queima de caixa da operação.

A boa notícia para estes investidores é que no final do mês passado, a MRV anunciou a conclusão da venda do empreendimento Old Cutler localizado na Flórida, nos Estados Unidos, pelo valor geral de venda de 118,5 milhões de dólares, representando um lucro de 11 milhões de dólares. “Foi a primeira venda em 9 meses”, diz Ricardo Paixão, em entrevista à EXAME Invest.

O executivo detalhou que US$ 37 milhões, que já foi recebido e não impactará na geração de caixa no quarto trimestre. Outros 81,5 milhões de dólares terá impacto na geração de caixa do terceiro trimestre. Com a venda da propriedade, foi feita a baixa do financiamento a construção que representou uma contribuição de R$ 444 milhões (US$ 81,5 milhões) na geração de caixa do terceiro trimestre. O recebimento do valor de venda ocorreu no dia 4 de outubro, o que representará uma geração de caixa adicional de R$ 202 milhões (US$ 37 milhões) no quatro trimestre.

Paixão diz ainda que a Resia tem seis empreendimentos prontos para locação, o que corresponde a 587 milhões de dólares de Valor Geral de Vendas. “São cerca de 3 bilhões de reais. No nosso pipeline, são dois empreendimentos com previsão de venda para este ano ainda e quatro para o próximo.”

A expectativa é positiva com o ciclo de queda de juros nos Estados Unidos. Com a taxa de juros caindo, Paixão afirma que a rentabilidade dos projetos irá melhorar. Ele explica que o comprador dos empreendimentos é um investidor e ele capta recursos no mercado para a aquisição. Como a captação está ficando mais barata, ficou viável o investidor pagar um preço mais alto porque enxerga uma rentabilidade subindo mais adiante.

“Estamos vendo juros cair e uma economia muito forte, com sinais bem claros. Os fundamentos já são muito bons, mas faltava este efeito externo. Agora, veremos o valor de Resia subir.”

Avanço nos programas habitacionais

Ao olhar para a operação brasileira, que inclui as marcas Urba, Luggo e Resia, a companhia destacou que teve geração de caixa de R$ 262 milhões no terceiro trimestre deste ano. Somente a MRV Incorporação gerou R$ 124 milhões no período. As vendas líquidas atingiram R$ 2,8 bilhões – um novo recorde para a companhia.

A MRV, já conhecida por sua liderança no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida do governo federal, deu mais um passo importante ao assinar outra fase do Pode Entrar, programa habitacional da cidade de São Paulo. No final do mês passado, a empresa anunciou a venda de 1.521 unidades, totalizando R$ 294 milhões.

“Começaremos a receber estes quase R$ 300 milhões no próximo trimestre. A participação da MRV no Pode Entrar mostra o quanto estamos antenados para as oportunidades diversas que o mercado apresenta”, comentou Ricardo Paixão.

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Oportunidades em diferentes estados

Além do programa habitacional de São Paulo, o executivo destacou outras oportunidades em projetos em execução ou em fase de planejamento, como nos estados do Rio Grande do Sul, Ceará e Rio de Janeiro.

“Esses programas são importantes porque aumentam muito a capacidade de compra do cliente. Ele consegue R$ 20 mil em subsídio, o que ajuda a diminuir o déficit habitacional do país”, concluiu Paixão.

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