Equipe da startup Nama: empresa que desenvolve inteligência artificial para chatbots foi uma das selecionadas no ano passado (Nama/Divulgação)
Um levantamento da empresa de venture capital Terracotta aponta que estão em atividade no Brasil mais de 500 construtechs (startups que desenvolvem tecnologia para o setor de engenharia e construção) e proptechs (startups que oferecem soluções inovadoras para viabilizar um empreendimento imobiliário). O estado de São Paulo é o que concentra, segundo a pesquisa, a maior parte delas: 293 startups ativas. Para conectar projetos inovadores a empresas do setor imobiliário, o Secovi-SP, sindicato do setor, acaba de lançar a quarta edição do MoviMente, uma iniciativa criada em 2017 pelo grupo de Novos Empreendedores (NE) da entidade. “Neste ano, estamos convocando startups com projetos e soluções que tenham contribuído com o mercado imobiliário durante a pandemia”, explica Rodrigo Abrahão, coordenador-geral do NE.
Os projetos serão avaliados por uma comissão formada por diretores do Secovi-SP e por profissionais da área de inovação. Ao final, os três finalistas terão direito a participar de palestras, rodadas de negócios e eventos promovidos pela entidade. A ideia é que a exposição ajude as startups a firmar parcerias com agentes do setor imobiliário. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de setembro pelo site do MoviMente.
Em 2019, as vencedoras foram as startups Programa Doce Lar, especializada no gerenciamento e execução de obras e reformas; a MDesigns, focada na construção de ambientes virtuais a partir do uso de realidade virtual; e a Prevision, que ajuda construtoras a planejar melhor suas obras. Outras startups, como a LoopKey, que transforma celulares em chaveiros digitais, a Nama, que desenvolve inteligência artificial para chatbots, e a Lean Survey, uma startup de pesquisas, também levaram o troféu para casa em edições passadas.
Uma pesquisa feita neste ano pela consultoria Deloitte com startups do setor imobiliário mostra que entre os principais desafios do negócio estão processos internos rígidos, contratação de profissionais qualificados, disputa com players tradicionais e a falta de uma gestão de pessoas estruturada. O estudo “Construção do amanhã — Panorama de inovação nos setores imobiliário e de construção no Brasil” mostra ainda que ferramentas de big data e analytics estão entre as tecnologias que as organizações tradicionais da construção civil mais gostariam de contratar.