Economia

Mercado imobiliário irá diminuir de tamanho em SP

A expectativa é de redução de 25% nas vendas de imóveis residenciais novos e de queda de 20% nos lançamentos de projetos em São Paulo


	São Paulo: as vendas de imóveis caíram 48,3% no primeiro semestre
 (Friedemann Vogel/Getty Images)

São Paulo: as vendas de imóveis caíram 48,3% no primeiro semestre (Friedemann Vogel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 15h08.

São Paulo - O cenário de baixo crescimento da economia brasileira afetou o mercado imobiliário, que irá diminuir de tamanho na comparação com o ano passado, de acordo com novas projeções do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

O presidente da entidade, Cláudio Bernardes, informou, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, que a expectativa é de redução de 25% nas vendas de imóveis residenciais novos e de queda de 20% nos lançamentos de projetos na capital paulista em 2014 em relação a 2013.

No início do ano, o Secovi-SP afirmou que esperava estabilidade do mercado, com lançamentos e vendas neste ano em quantidade parecida com as do ano passado.

Segundo pesquisa do sindicato, as vendas na capital paulista totalizaram 9.054 unidades no primeiro semestre, o que representa queda de 48,3% na comparação com as 17.500 unidades comercializadas no mesmo período de 2013. Os lançamentos atingiram 11.360 unidades entre janeiro e junho, baixa de 18,8% diante das 13.983 unidades lançadas nos mesmos meses do ano passado.

"A economia está no fundo do poço", afirmou Bernardes. Em sua avaliação, o volume de negócios menor reflete a deterioração do Produto Interno Bruto (PIB), a baixa velocidade de vendas durante a Copa do Mundo e a falta de confiança dos consumidores e empresários em fechar vendas e lançamentos diante do cenário de incerteza políticas com a proximidade das eleições.

Para os próximos meses, Bernardes acredita que o mercado imobiliário tende a se recuperar, pois o segundo semestre costuma ser melhor para os negócios do que os primeiros meses do ano. "Mas não vai ser uma recuperação suficiente para compensar as quedas acumuladas até aqui no ano", estimou.

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