Economia

Mercado imobiliário brasileiro pode crescer 10% em 2018

Estimativa da CBIC sinaliza aceleração do crescimento em relação ao ano passado, quando lançamentos subiram 5,2 por cento e vendas aumentaram 9,4 por cento

Mercado imobiliário: as projeções da entidade para o mercado imobiliário em 2018 seriam ainda melhores, não fosse pela decisão do governo de adiar a reforma da previdência (Paulo Fridman/Bloomberg)

Mercado imobiliário: as projeções da entidade para o mercado imobiliário em 2018 seriam ainda melhores, não fosse pela decisão do governo de adiar a reforma da previdência (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 14h30.

lançamentos e as vendas de imóveis residenciais no Brasil em 2018 devem crescer cerca de 10 por cento ante o ano passado, disse nesta segunda-feira um representante Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A estimativa para este ano sinaliza uma aceleração do crescimento em relação ao ano passado, quando os lançamentos subiram 5,2 por cento e as vendas aumentaram 9,4 por cento, de acordo com o levantamento da CBIC, com base em 23 cidades e regiões metropolitanas do país.

Mas as projeções da entidade para o mercado imobiliário em 2018 seriam ainda melhores, não fosse pela decisão do governo de adiar a reforma da previdência, destacou o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci.

"Se tivessem aprovado a reforma da Previdência, nossa expectativa seria muito mais positiva, mas parece que isso ficou para o próximo presidente, então esperamos crescimento em torno de 10 por cento tanto para vendas quanto lançamentos", disse Petrucci ao apresentar o balanço de 2017.

O presidente da Cbic, José Carlos Martins, destacou ainda que a alta de 10 por cento estimada para 2018 está condicionada a alguns fatores, entre eles a disponibilidade de crédito e a regulamentação dos distratos.

Segundo ele, a Caixa Econômica Federal responde por aproximadamente 70 por cento do financiamento imobiliário e ainda não solucionou seus problemas de enquadramento de capital. Além disso, acrescentou Martins, a caderneta de poupança ainda não se recuperou o suficiente para atender à demanda reprimida no mercado.

"Temos que ter outras formas para entrada de recursos, a Letra Imobiliária Garantida (LIG) é uma delas, mas ainda requer regulamentação", afirmou o presidente da Cbic.

Ele também ressaltou a importância de se reduzir os juros ao consumidor final, que na avaliação dele devem caminhar para algo em torno dos patamares apurados em 2009 e 2010, entre 8,5 a 9,5 por cento ao ano. "É a taxa que cabe no bolso do consumidor brasileiro", disse Martins.

Petrucci acrescentou que a Cbic vê potencial de recuperação no preço dos imóveis em 2018, mas alertou que a maior proporção de empreendimentos enquadrados no Minha Casa Minha Vida (MCMV) pode limitar o aumento do valor médio do metro quadrado, em particular na cidade de São Paulo. Em 2017, o preço médio do metro quadrado de área privativa no país foi de 5.999 reais, mostrou a pesquisa.

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