São Paulo - Acha que anda pagando muito caro para estacionar? Pense novamente.
Londres tem uma vaga de estacionamento à venda por nada menos do que 350 mil libras, o equivalente a 1,8 milhão de reais.
O espaço de 6 metros por 2,4 metros fica perto do Marble Arch e do Hyde Park e está listado pela Knight Frank, que o define como "uma rara oportunidade".
No ano passado, o Telegraph divulgou que um espaço de estacionamento em South Kensington estava à venda por 480 mil libras - mas pelo menos ele tinha espaço para mais carros e contava com segurança e cobertura.
De acordo com o site yourparkingspace, Londres tem um preço médio de estacionamento de 30 libras diárias e 293 libras mensais. Os preços mais altos são 62 libras e 750 libras, respectrivamente.
Vale lembrar que um motorista precisa pagar um pedágio urbano de 11,50 libras para entrar com o seu carro no centro de Londres em um dia útil entre 7 da manhã e 6 da noite.
A vaga de 350 mil libras está mais cara do que o preço médio de uma casa no país (191 mil libras ou 989 mil reais, segundo o Land Registry) - e isso em um país conhecido pelos preços imobiliários fora de controle.
Mercado imobiliário
O número de proprietários cuja residência vale mais de 1 milhão de libras subiu 14% no ano passado no Reino Unido, de acordo com a consultoria Zoopla.
Isto significa que 75.796 britânicos se tornaram "milionários imobiliários" no período, o equivalente a 200 por dia, levando o tamanho deste contingente para 622.939 pessoas.
Em 2014, a consultoria imobiliária Savills divulgou que o estoque de casas de Londres havia atingido um valor total de 1,5 trilhão de libras - equivalente ao PIB (Produto Interno Bruto) anual do Brasil ou de Colômbia, Argentina e México somados.
O fenômeno é reflexo da recuperação da economia britânica combinada com uma oferta insuficiente de novas casas e um processo global de valorização de ativos considerados seguros.
Há também uma entrada maciça de compradores estrangeiros. Um estudo mostrou que as altas nos preços de casas em determinadas regiões da cidade estão diretamente relacionadas com turbulências políticas em outros países.
O que é boa notícia para quem é proprietário complica a vida dos mais jovens e menos abastados, para quem o sonho da casa própria fica cada vez mais distante, o que gerou o apelido de "geração aluguel".
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1. Morando bem
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1/8 (Ali Seifert/ Stock Exchange)
São Paulo - Aonde no mundo você gostaria de ter uma casa? Independente da sua resposta, com certeza um fator que deve ser levado em conta é o
preço e sua trajetória ao longo do anos. Em um relatório recente, a consultoria imobiliária Knight Frank lançou suas previsões sobre o comportamento do preço de moradias em várias
cidades globais em 2016. Eles identificam dois fatores explicativos centrais - o ritmo do aumento dos
juros nos Estados Unidos e da desaceleração da economia da China - e esperam ganhos menores do que aqueles verificados nos últimos anos. "No final de 2015, esperamos que os mercados mais fortes e mais fracos sejam separados por 20 pontos percentuais. Em 2016 projetamos que esse dado caia para 15 pontos na medida que o crescimento de preços converge", diz o texto. Veja a seguir quais são as 6 cidades analisadas que se destacam pela previsão de forte crescimento:
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2. 5. Londres, Reino Unido [empate]
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2/8 (Divulgação/London Networkrail)
A previsão da Knight Frank é de um aumento de
2% no preço das residências em
Londres, o dobro do registrado em 2015. Os riscos envolvem a eleição de um novo prefeito em maio, aumento dos custos de transação, como o imposto de 3% para compra da segunda casa. O mercado da cidade tem ficado totalmente fora do padrão nos últimos anos. De acordo com a consultoria Zoopla, as casas de 75.796 britânicos ultrapassaram o valor de 1 milhão de libras em 2015. Ou seja, 200 britânicos por dia
se tornaram "milionários imobiliários" no período.
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3. 5. Miami, Estados Unidos [empate]
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3/8 (Thinkstock/floridastock)
Queridinha dos brasileiros e latino-americanos em geral,
Miami verá o preço de suas casas subir
2% em 2016, metade da taxa do ano passado, diz a consultoria. O risco para a cidade é que os investidores adotem uma postura de "esperar para ver" diante dos fatores como a eleição presidencial americana e a valorização do dólar em relação às moedas de países emergentes.
De acordo com a Faccin Investments, a alta do dólar causou uma redução de quase 85% dos brasileiros que desejam comprar uma segunda residência em Miami.
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4. 3. Mônaco [empate]
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4/8 (Senet/Wikimedia Commons)
O estreito principado de
Mônaco tem a oferta de residências naturalmente restrita pelo seu tamanho e deve ver o preço delas crescer
5% em 2016, segundo a Knight Frank. É o mesmo número do ano passado: "No clima atual de crescente tensão política e flutuações de impostos, o status de Mônaco como um refúgio privado e seguro continua a ter apelo sobre os ricos do mundo", diz a consultoria. Praticamente
um em cada três habitantes da cidade tem patrimônio acima de US$ 1 milhão, e isso sem contar o valor da sua moradia principal, segundo a Wealth Insight.
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5. 3. Nova York, Estados Unidos [empate]
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5/8 (Afton Almaraz/Getty Images)
De acordo com a consultoria,
Nova York deve manter em 2016 a mesma taxa de crescimento de
5% observada em 2015. A mediana do preço de venda de um apartamento em Manhattan
atingiu US$ 999.000 (o equivalente a R$ 3,95 milhões) no 3º trimestre, de acordo com o Corcoran e outros grupos imobiliários, diz o New York Times. E isso porque estamos falando da mediana, que suaviza os extremos. O preço médio é bem maior: US$ 1,7 milhão (ou R$ 6,7 milhões).
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6. 2. Xangai, China
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6/8 (Fritz Hoffmann)
Xangai garante o segundo lugar na lista apesar da taxa de crescimento esperada, de 4%, ser menos da metade dos 10% estimados em 2015. Investidores temem que a economia da
China esteja desacelerando perigosamente, o que vem sendo sinalizado por uma série de dados fracos. A China precisa reformar seu modelo de crescimento para depender mais do consumo e menos do investimento, mas ninguém sabe se ela terá sucesso. É esta incerteza que deve dominar o ano.
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7. 1. Sydney, Austrália
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7/8 (Ian Waldie/Getty Images)
A liderança na lista da Knight Frank fica com Sydney, na Austrália, com previsão de crescimento de 10% em 2016 após os 15% estimados em 2015. "A desaceleração da economia, a fraqueza da performance do mercado de ações em meses recentes e a introdução de taxas para o investimento externo explicam a performance mais baixa em 2016", diz a consultoria. Ainda assim, a Austrália tem poucos motivos para reclamar: é um caso único no mundo desenvolvido ao caminhar para seu 25º ano seguido sem recessão.
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8/8 (Mario Tama/Staff/Getty Images)