Uma maior proporção de membros da Geração Y dos EUA diz que provavelmente compre uma casa neste ano, mais uma evidência de que finalmente aqueles que vão comprar sua primeira casa estão entrando no mercado imobiliário e alimentando um salto nas vendas.
Uma pesquisa feita pela Realtor.com com visitantes do seu site em meados de junho mostrou que cerca de 65 por cento dos consultados com 25 a 34 anos de idade disseram pretender comprar uma casa nos próximos três meses, frente a 54 por cento em janeiro, segundo dados publicados na quarta-feira na conferência da National Association of Real Estate Editors (NAREE) em Miami.
A proporção de membros da Geração Y que visitam a Realtor.com com o objetivo de comprar uma casa aumentou de 21 por cento no começo do ano para 23 por cento.
Os compradores jovens, que tradicionalmente são os principais impulsionadores da demanda por casas, estão ajudando a reforçar a recuperação do setor nos EUA depois de passar anos obstaculizados pela dívida com empréstimos estudantis e pela escassez de créditos.
A melhoria da economia, a alta dos aluguéis e a perspectiva de um aumento das taxas hipotecárias estão atraindo mais compradores de casas, especialmente membros mais velhos da Geração Y que estão formando famílias.
“Estamos no meio de um processo muito sério de entrada da Geração Y no mercado, e essa é a diferença para o lado das casas já existentes”, disse Jonathan Smoke, economista-chefe da Realtor.com, durante um painel de discussão na conferência.
As pessoas que procuram comprar sua primeira casa representaram em maio 32 por cento das vendas de casas já existentes, igualando a maior proporção desde 2012, informou nesta semana a National Association of Realtors.
A Geração Y superou a mais velha Geração X como maior segmento de compradores, segundo a associação do setor.
Casamentos, aluguéis
Questões do ciclo da vida como casamentos e o nascimento de filhos estão levando a Geração Y para o mercado de compra de casas, bem como a queda dos preços das casas novas e a alta dos aluguéis, disse Smoke.
A proporção de membros da Geração Y que busca alugar caiu de 26 por cento em janeiro para 20 por cento neste mês, segundo a pesquisa da Realtor.com, operada pela unidade Move Inc. da News Corp.
Os resultados da pesquisa estão baseados em mais de 12.000 consultas feitas do começo do ano até 15 de junho.
A perspectiva de uma alta das taxas hipotecárias está ajudando os compradores mais jovens a se decidir, disse Franklin Codel, diretor de produção de hipotecas da Wells Fargo Co., no painel da NAREE.
A taxa média para uma hipoteca fixa a 30 anos subiu para 4 por cento depois de chegar a cair para 3,59 por cento neste ano, segundo a Freddie Mac.
Dívida estudantil
Um fator que limita as compras da Geração Y é a “tremenda quantidade” de dívida com empréstimos estudantis com que arcam, disse Dennis Carlson, vice-economista-chefe da Equifax Inc.
Os americanos com menos de 30 anos tinham em total US$ 369 bilhões em dívidas com empréstimos estudantis no ano passado, frente a US$ 146 bilhões uma década atrás, segundo dados da Equifax publicados na quarta-feira.
É provável que aqueles que vão comprar sua primeira casa tenham o maior impacto sobre o mercado de venda de casas já existentes porque os preços de propriedades novas tendem a ser mais altos.
Eles estão entrando no mercado de casas novas depois de figurarem em um nível “quase inexistente” e continuam restringidos pela escassez de crédito, disse Stuart Miller, CEO da Lennar Corp., na teleconferência de lucros da construtora de casas na quarta-feira.
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1. A carreira dos sonhos
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1/19 (Rose Lincoln/Harvard)
São Paulo – Nem ser chefe, nem ter uma carreira internacional. O que os jovens realmente querem para a própria trajetória é qualidade de vida. Pelo menos é o que mostra levantamento da
Universum feito a pedido de EXAME.com.
Dos 23 países analisados pela consultoria em 2013, os jovens de 20 deles apontaram o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional como o primeiro plano para a própria carreira.
No Brasil, por exemplo, quase 60% dos entrevistados sonham com um
emprego que garanta
qualidade de vida. Mas não só. Eles também querem um trabalho estável e que ofereça um senso de propósito.
Compilamos o ranking de metas e a expectativa do
salário inicial médio dos jovens de cada país.
Atenção: os dados em dólares são referentes a 2013. A conversão para reais levou em conta apenas o
câmbio desta segunda-feira – sem levar em conta outras variáveis do mercado no último ano.
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2. Áustria
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2/19 (Patrick Domingo/AFP/Getty Images)
Apesar da busca por equilíbrio, os jovens da Áustria querem também desafios. O salário médio esperado lá é mais ou menos US$ 3,5 mil (ou o equivalente a cerca de R$ 7,8 mil)
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3. Brasil
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3/19 (Agência USP)
A estabilidade e o propósito na carreira também são alvos dos jovens brasileiros. Por aqui, o salário médio esperado após a faculdade é de cerca de US$ 1,8 mil (ou o equivalente a mais ou menos R$ 3,9 mil)
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4. Canadá
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4/19 (Divulgação)
Em termos de expectativas profissionais, os canadenses compartilham dos mesmos sonhos que os brasileiros. No entanto, são mais ambiciosos quando o assunto é salário. Por lá, a remuneração esperada é de US$ 4,1 mil (ou o equivalente a pouco mais de 9 mil reais)
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5. China
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5/19 (Natalie Behring-Chisholm/Getty Images)
Uma vida equilibrada, um emprego estável e um cargo de liderança: eis o emprego ideal para um jovem chinês. O salário médio que eles esperam ao sair da faculdade é de pouco mais de mil dólares (ou o equivalente a cerca 2,3 mil reais)
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6. Dinamarca
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6/19 (JAY DIRECTO/AFP/Getty Images)
Os jovens dinamarqueses querem, além de qualidade de vida, um trabalho que tenha um propósito e que os desafie. Em termos de salário, a expectativa é por uma remuneração que chegue a 11 mil reais logo de cara (ou o equivalente a US$ 5,4 mil)
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7. Finlândia
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7/19 (OLIVIER MORIN/AFP/Getty Images)
Os jovens finlandeses também buscam estabilidade e desafio, além de qualidade de vida, em um emprego. Em termos de salário, querem chegar no mercado com uma remuneração média de 3,7 mil dólares (ou o equivalente a cerca de R$ 8,3 mil)
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8. Alemanha
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8/19 (Divulgação)
Além de qualidade de vida, estabilidade e desafios, os jovens alemães sonham com um salário de US$ 4,4 mil (ou cerca de 9,6 mil reais)
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9. Hong Kong
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9/19 (Jerome Favre/Bloomberg)
Em Hong Kong, o salário médio esperado é cerca de US$ 2,2 mil (ou o equivalentea a R$ 4,9 mil)
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10. Índia
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10/19 (Getty Images)
Os jovens indianos fugiram à tendência do resto do mundo. Para eles, estabilidade no emprego vale mais do que qualidade de vida. Pouco mais de 30% deles também miram uma carreira internacional. O salário médio esperado é de US$ 976 (algo em torno de 2,1 mil reais).
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11. Itália
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11/19 (Flickr.com/ bindalfrodo)
Na Itália, a expectativa média de salário é de US$ 2.069 (ou o equivalente a R$ 4,5 mil)
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12. Japão
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12/19 (Bloomberg)
Como poucos jovens ao redor do mundo, 24% dos japoneses entrevistados querem ser especialistas em alguma área. A expectativa de remuneração deles é de US$ 3.208 (ou cerca de R$ 7 mil) logo após a faculdade.
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13. Noruega
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13/19 (JOE KLAMAR/AFP/Getty Images)
O salário inicial esperado por um jovem norueguês é de US$ 6,5 mil (ou cerca de R$ 14,4 mil)
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14. Singapura
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14/19 (Wikimedia Commons)
A expectativa de salário inicial no Singapura é de US$ 2,7 mil (ou cerca de R$ 6 mil)
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15. Espanha
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15/19 (Cesar Manso/AFP Photo)
Os jovens espanhóis querem segurança no emprego ao mesmo tempo em que sonham com uma carreira empreendedora e inovadora (portanto, recheada de riscos). O salário inicial esperado é de US$ 2.072 (ou cerca de R$ 4,5 mil).
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16. Reino Unido
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16/19 (Getty Images)
Estabilidade e desafio, além de uma vida equilibrada. Eis a receita de carreira para fazer um jovem inglês feliz. O salário esperado por eles fica na faixa dos US$ 3,6 mil (ou cerca de R$ 8 mil)
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17. Estados Unidos
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17/19 (Jon Chase/Harvard)
Nos Estados Unidos, por fim, o salário médio esperado é de US$ 4,3 mil (ou o equivalente a R$ 9,5 mil)
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18. Veja onde estrear no mercado de trabalho
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18/19 (Getty Images)