MAJOR MARKET | ÁREA (M²) |
---|---|
Chucri Zaidan | 23.924 |
Faria Lima | 8.505 |
Marginal Pinheiros | 5.313 |
Berrini | 3.703 |
Pinheiros | 1.488 |
Chácara Santo Antônio | 1.136 |
Vila Olímpia | 920 |
Itaim | 0 |
JK | 0 |
Rebouças | 0 |
Jardins | 0 |
Paulista | -1.048 |
A tradicional Avenida Paulista, que chegou a abrigar 80% do setor bancário entre os anos 1960 e 1970, amarga uma absorção líquida negativa. (Sergio Souza/Unsplash)
Repórter de Mercado Imobiliário
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 14h38.
Última atualização em 16 de janeiro de 2025 às 14h54.
A Avenida Paulista, que já foi símbolo do corporativismo paulistano, hoje reflete mudanças no cenário urbano e profissional. Fundada em 1891, seu desenho foi baseado nas grandes avenidas europeias e, a partir da década de 1950, passou a abrigar as sedes de vários bancos e empresas multinacionais. A diversificação dos usos da Paulista, com mais espaço para lazer e cultura, no entanto, tem contribuído para alterar a dinâmica vista na avenida na virada do milênio. Essas transformações mostram como o ambiente de trabalho e o perfil dos grandes centros urbanos têm evoluído.
A região da Avenida Doutor Chucri Zaidan, por exemplo, impulsionou o crescimento do mercado de escritórios da cidade de São Paulo, com a absorção líquida de quase 24 mil metros quadrados no quarto trimestre de 2024. O valor é mais que o dobro da segunda colocada, a Avenida Brigadeiro Faria Lima.
No quarto trimestre de 2024, a capital registrou uma absorção líquida de 43,9 mil metros quadrados – a maior do ano. Os dados constam no relatório MarketBeat São Paulo, da consultoria imobiliária Cushman& Wakefield, divulgados com exclusividade pela EXAME.
Enquanto a avenida localizada no Brooklyn está em claro crescimento, a tradicional Avenida Paulista amargou uma absorção líquida negativa no quarto trimestre. Isso significa que imóveis corporativos mais saíram do que entram no período no que já foi considerado o coração de São Paulo.
No ano inteiro de 2024, a Paulista observou uma absorção líquida de 4,7 mil metros quadrados. Enquanto isso, a Chucri Zaidan teve absorção líquida de 56,3 mil metros quadrados.
"A Paulista manteve um perfil multiúso, enquanto a Faria Lima concentrada cada vez mais em serviços e escritórios. Com a demanda por espaços corporativos cada vez mais modernos e espaçosos, a Avenida Paulista foi perdendo terreno não apenas para a Faria Lima, como também para novas regiões na zona sul", diz Dennys Andrade, Head of Market Research & Business Intelligence da Cushman & Wakefield.