Mercado imobiliário

Esta capital do Sul liderou aumento nos preços de venda de imóveis em março

Levantamento do FipeZap mostrou que o metro quadrado mais caro do País também está na região Sul

Vista panorâmica de Curitiba (PR) (Eduardo PA/Getty Images)

Vista panorâmica de Curitiba (PR) (Eduardo PA/Getty Images)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 2 de abril de 2024 às 07h02.

Última atualização em 3 de abril de 2024 às 08h21.

A cidade de Curitiba (PR) foi a capital que registrou a maior alta nos preços de vendas de imóveis residenciais no mês de março. As informações são do Índice FipeZap, que analisa mensalmente a dinâmica de preços em 50 cidades selecionadas.

A capital do Paraná registrou um aumento de 1,99% nos preços no último mês. Na sequência, duas capitais do Nordeste: Recife (PE), com avanço de 1,31%, e Salvador (BA), com alta de 1,26%. 

Pedro Tenório, economista do DataZAP, reforça que Curitiba vem passando por dois meses de aceleração abrupta o que costuma ser pouco para predizer tendências mais sólidas.

"Contudo, Curitiba é um caso particular em função de ter estado entre as capitais com maior valorização entre 2021 e 2022, mas tendo desacelerado em 2023. Diante deste cenário, o que podemos dizer é que há indicação de crescimento de preços nos próximos meses em Curitiba, mas não necessariamente no ritmo mensal dos últimos 2 meses (acima de 1,5% mensalmente)", avaliou.

A média do Índice FipeZap foi de um avanço de 0,64% – quarta aceleração consecutiva de preços. A alta, no entanto, ficou abaixo dos dois principais índices de inflação observados pelo mercado imobiliário. O IGPM/FGV indicou deflação de 0,47% no mês, enquanto a prévia da inflação (IPCA-15) avançou 0,36%.

Das 50 cidades analisadas, apenas uma registrou queda nos preços: Guarujá (SP), que apresentou leve queda de 0,06%.

A aceleração na maior parte das cidades brasileiras se deve, segundo o FipeZAP, a dois motivos. O primeiro é o consistente aumento da renda domiciliar desde meados de 2022. E o segundo, vem do crédito.

"Houve melhora no cenário de crédito imobiliário ao longo do último semestre de 2023, com destaque para a concessão de crédito imobiliário via Minha Casa Minha Vida. No entanto, ainda não vemos o fechamento do FipeZAP Venda Residencial de 2024 muito acima de 2023", conclui Tenório.

Qual é a cidade mais cara do Brasil?

A cidade com o metro quadrado mais caro do País também está no Sul. A liderança é de  Balneário Camboriú (SC), no litoral catarinense, que está a 24 meses na primeira posição.

O preço médio de venda de imóveis residenciais em março em Balneário Camboriú chegou a R$ 12,9 mil por metro quadrado. Em segundo lugar, outra cidade do litoral catarinense: Itapema, com o metro quadrado de R$ 12,76 mil.

Quais imóveis são os mais buscados?

Na tendência dos compactos, os imóveis de um dormitório foram o destaque do levantamento. Eles foram negociados a R$ 10,43 mil o metro quadrado – valor 31% maior que os apartamentos de dois dormitórios, avaliados, em média, a R$ 7,95 mil o metro quadrado.

Já os imóveis de três dormitórios são negociados a R$ 8,55 mil o metro quadrado. E os de quatro ou mais, têm preço médio por metro quadrado de R$ 10,15 mil.

Metodologia do Índice FipeZAP 

O Índice FipeZAP é um índice de preço que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais – foi o primeiro indicador nacional lançado para este acompanhamento. 

O índice é calculado pela Fipe com base em informações de anúncios de imóveis para venda e locação veiculados nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis).

No caso dos índices do segmento residencial, o cálculo envolve amostras de anúncios de apartamentos prontos em até 50 cidades selecionadas. Já no caso dos índices do segmento comercial, os anúncios utilizados se referem a salas e conjuntos comerciais de até 200m², sediados em 10 cidades selecionadas.

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