Acesse o melhor conteúdo do seu dia, o único que você precisa.
É sempre recomendável que, ao lidar com essa situação, os herdeiros busquem orientação jurídica (Seng Kui Lim/Getty Images)
Publicado em 27 de setembro de 2024 às 14h32.
Quando uma pessoa falece e deixa bens imóveis para seus herdeiros, o processo de partilha pode, muitas vezes, resultar em um condomínio entre herdeiros. Este condomínio ocorre quando um imóvel, ou mais de um, não pode ser facilmente dividido, seja por sua natureza física ou por decisão dos próprios herdeiros.
Nesses casos, a propriedade passa a ser compartilhada por todos, criando um condomínio que pode gerar tanto benefícios quanto desafios. Vamos entender melhor como funciona essa modalidade de propriedade conjunta entre herdeiros.
O condomínio entre herdeiros acontece quando dois ou mais herdeiros recebem um imóvel em conjunto, ou seja, o bem passa a ser propriedade de todos, e não de uma única pessoa. Cada herdeiro detém uma fração do imóvel, proporcional à sua parte na herança, mas o bem, fisicamente, não é dividido. Todos têm o direito de usufruir do imóvel de acordo com suas cotas, porém, decisões importantes como venda, reforma ou até mesmo o uso do imóvel devem ser feitas em comum acordo entre os coproprietários.
No condomínio entre herdeiros, todos os coproprietários têm direitos e deveres em relação ao imóvel. Isso inclui o direito de usufruir do bem, de receber aluguéis (caso o imóvel seja alugado) e de participar de decisões importantes, como a venda do imóvel. Além disso, todos são responsáveis pela manutenção do bem e pelo pagamento de eventuais taxas, como IPTU, condomínio e despesas de manutenção.
Por outro lado, nenhum herdeiro pode, unilateralmente, vender sua parte do imóvel sem oferecer aos outros coproprietários a opção de compra. Esse direito, conhecido como "direito de preferência", assegura que os demais herdeiros possam adquirir a fração antes que ela seja vendida a terceiros.
Para que o condomínio entre herdeiros funcione de maneira harmoniosa, é fundamental que haja um bom entendimento entre todos. O diálogo e o consenso são essenciais para a tomada de decisões, como a destinação do imóvel (se será vendido, alugado ou usado por algum dos herdeiros), bem como a divisão das despesas e eventuais lucros.
Caso os herdeiros cheguem a um acordo, é possível, por exemplo, estabelecer que um deles utilize o imóvel enquanto os demais recebem compensações financeiras ou outra forma de benefício. Essa flexibilidade pode evitar conflitos e garantir que todos sejam devidamente compensados por suas frações do bem.
No entanto, em muitos casos, os herdeiros não conseguem chegar a um consenso sobre o uso ou a venda do imóvel. Quando isso ocorre, o caminho mais comum é a dissolução do condomínio. A dissolução pode ocorrer de duas formas:
O condomínio entre herdeiros pode ser uma solução temporária ou permanente, dependendo da relação entre os coproprietários e dos interesses de cada um em relação ao imóvel herdado. É sempre recomendável que, ao lidar com essa situação, os herdeiros busquem orientação jurídica para garantir que o processo seja feito de forma justa e respeite os direitos de todos.
Após a escolha do imóvel e a análise de crédito aprovada, o banco formaliza o contrato de financiamento
Se o herdeiro negativado tiver dívidas judiciais, pode haver a possibilidade de penhora sobre sua parte no imóvel
Antes de registrar o imóvel, é necessário quitar eventuais dívidas
Após o processo de inventário, se houver dois ou mais herdeiros, será feita a partilha dos bens da herança entre aqueles que têm direito a ela