O contrato de compra e venda de um imóvel estabelece as condições da negociação (Oleksandra Yagello/Getty Images)
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 13h51.
O contrato de compra e venda de imóvel é um documento essencial para formalizar os direitos e deveres de compradores e vendedores. Ele serve como uma garantia para ambas as partes e evita problemas futuros, além de ser base jurídica que regula a transação, protegendo os envolvidos.
Isto porque estabelece as condições da negociação, como preço, prazos e responsabilidades, proporciona um registro formal das intenções de compradores e vendedores, e é um dos documentos necessários para transferir a propriedade no cartório. Sem o contrato, qualquer desacordo pode se transformar em uma disputa judicial, gerando custos e atrasos.
Para que tenha validade e eficácia, o documento deve cumprir uma série de requisitos legais e cuidados na sua elaboração. Veja:
O contrato deve identificar claramente quem são os envolvidos na negociação. Para isso vendedor e comprador precisam comprovar, por meio de documentos, nome completo, CPF ou CNPJ (em caso de pessoa jurídica), RG, estado civil e endereço.
Essa identificação assegura que as partes sejam facilmente reconhecidas em caso de disputa judicial ou necessidade de registro. Se uma das partes for casada, será necessário incluir também as informações do cônjuge, pois a legislação exige o consentimento do mesmo para alienação de bens imóveis.
O imóvel deve ser identificado de forma clara, incluindo informações como:
O preço do imóvel e as condições de pagamento são elementos essenciais para o contrato. Será preciso especificar o valor total (em números e por extenso, para evitar dúvidas), se o pagamento será à vista, parcelado ou financiado, e detalhes sobre prazos e valores das parcelas.
Também é importante incluir uma cláusula sobre a multa em caso de inadimplência ou desistência, para proteger ambas as partes.
O contrato deve prever cenários que podem ocorrer durante e após a negociação. Por isso é importante deixar claro os prazos para entrega do imóvel, responsabilidade por taxas e garantias. Caso o bem tenha problemas estruturais ou documentais, inclua uma cláusula que proteja o comprador.
Para ter validade jurídica, o contrato deve ser assinado pelo comprador e o vendedor, e também duas testemunhas que confirmem a autenticidade do documento. Além disso, recomenda-se o reconhecimento de firma das assinaturas no cartório.
Além dos itens mencionados, para ser juridicamente válido o contrato precisa seguir três outras regras:
Além de ser a base jurídica que regula a transação, o contrato de compra e venda também estabelece claramente as condições da negociação, como preço, prazos e responsabilidades, evitando disputas judiciais.
O valor para elaborar o contrato varia dependendo de alguns fatores, como a localidade, a complexidade da transação e o responsável por redigi-lo. Veja alguns valores:
No momento de redigir o documento, é preciso ter atenção a alguns erros simples, mas que podem dar dor de cabeça. Falhas na descrição do bem podem gerar confusão e problemas futuros, como a inclusão de benfeitorias ou áreas irregulares. Além disso, não especificar condições de pagamento, prazos e multas pode deixar ambas as partes desprotegidas.
Contratos sem assinatura de testemunhas ou mal redigidos também podem ser questionados judicialmente ou conter brechas que geram prejuízo. Outro ponto de atenção são os documentos que não indicam quando a posse do imóvel será entregue ao comprador. O mais indicado é sinalizar se esta ocorrerá na assinatura, na quitação das primeiras parcelas, na lavratura da escritura, etc.
Embora ambos os documentos sejam utilizados em negociações imobiliárias, há diferenças importantes entre eles, principalmente em relação à sua finalidade e efeito jurídico.
Enquanto o primeiro é o documento que formaliza a transferência definitiva do imóvel, o segundo funciona como um compromisso, garantindo que a transação será realizada sob condições pré-estabelecidas. Este não é obrigatório e é, geralmente, usado em casos de parcelamentos, financiamentos ou pendências.
Ambos são importantes e devem ser redigidos com cuidado, preferencialmente com o auxílio de um advogado ou especialista, para evitar problemas jurídicos futuros.
Saber como fazer um contrato de compra e venda de imóvel é fundamental para garantir que a negociação seja segura e juridicamente válida. Esse documento protege as partes envolvidas, evita conflitos e é indispensável para a transferência legal da propriedade.
Além disso, ter informações claras sobre os custos e os cuidados necessários ajuda a prevenir problemas futuros, garantindo que a transação seja transparente e livre de riscos. Seja para quem compra ou vende, conhecer os passos essenciais é um investimento em segurança e tranquilidade.