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Intermediação de um corretor garante mais segurança jurídica na compra e venda de imóveis, reduzindo riscos de fraudes e problemas com documentação (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock/Thinkstock)
Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 19h11.
No setor imobiliário, a intermediação de um corretor é essencial para garantir transparência, segurança jurídica e um processo de compra e venda estruturado. No entanto, uma prática conhecida como bypass tem se tornado um problema crescente no mercado.
O bypass ocorre quando compradores e vendedores fecham um negócio diretamente, excluindo o corretor que intermediou a negociação inicial, com o objetivo de evitar o pagamento da comissão imobiliária. Essa fraude não apenas prejudica profissionais do setor, mas também pode trazer riscos legais e financeiros para ambas as partes.
O bypass geralmente acontece quando um comprador tem acesso a um imóvel por meio de um corretor ou imobiliária, mas posteriormente decide negociar diretamente com o proprietário para evitar o pagamento da comissão. Esse tipo de fraude pode ocorrer de diferentes formas:
Embora alguns vejam o bypass como uma maneira de economizar, a prática pode gerar consequências graves para todas as partes envolvidas:
A Lei nº 6.530/1978 protege o direito dos corretores, e a Justiça pode determinar o pagamento da comissão caso fique comprovado que a negociação foi conduzida pelo profissional, mesmo sem o fechamento direto do contrato.
Para os corretores, a formalização da intermediação é essencial, utilizando contratos de exclusividade e termos de serviço assinados para garantir o reconhecimento do trabalho. Além disso, manter um registro de interações, como e-mails e mensagens, pode servir como prova de sua atuação no negócio. Também é fundamental que o profissional explique claramente o valor da comissão, demonstrando aos clientes os custos envolvidos e a importância de sua atuação para a segurança da transação.
Já para compradores e vendedores, a recomendação é evitar acordos informais, pois a intermediação profissional reduz riscos de golpes e problemas jurídicos. Além disso, entender a legalidade da comissão é essencial, pois o pagamento ao corretor é um direito garantido por lei e evita disputas futuras.
Sim. A Justiça tem reconhecido que, se o corretor teve participação ativa na negociação, ele tem direito à comissão, mesmo que o fechamento da venda tenha ocorrido sem sua presença. O vendedor que tentar evitar o pagamento pode ser processado e obrigado a arcar com os valores devidos, além de multas e custos jurídicos.
Embora o bypass possa parecer uma forma de reduzir custos, ele traz riscos significativos para compradores e vendedores. O trabalho do corretor não se resume a mostrar imóveis, mas inclui avaliação de mercado, assessoria jurídica e intermediação segura, garantindo que a transação ocorra sem problemas.
Portanto, evitar o bypass não é apenas uma questão de ética, mas também de segurança para todas as partes envolvidas na compra e venda de um imóvel.