Edifício Pátio Victor Malzoni, um dos prédios comerciais mais icônicos da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo (SP) (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 00h01.
O aluguel dos prédios comerciais brasileiros alcançou uma alta histórica em 2023. A valorização acumulada dos preços de locação bateu 5,87% segundo o Índice FipeZAP Comercial – o maior resultado anual do indicador desde o início da sua série histórica, em 2013.
A alta dos preços ficou acima dos dois principais indicadores de inflação brasileiros. O IPCA, índice oficial da inflação, avançou 4,62% no mesmo período, enquanto o IGP-M, muito utilizado para cálculo de reajuste de aluguéis, caiu 3,18% na mesma janela.
Entre as 10 cidades analisadas, a que mais viu os aluguéis subirem em 2023 foi Salvador (BA), cujos preços avançaram 13,03% no acumulado do ano passado. Na sequência, as cidades de Niterói (RJ) e Campinas (SP) registraram valorizações de 9,46% e 8,96%, respectivamente.
Os preços de venda, por outro lado, registraram uma queda de 0,6% no balanço final de 2023. As altas continuaram nas três campeãs de aluguel – Salvador, Niterói e Campinas –, que, assim como São Paulo (SP), registraram alta no preço das vendas. Na ponta oposta, Porto Alegre (-5,51%), Brasília (-4,07%) e Belo Horizonte (-3,19%) tiveram as maiores quedas de preço.
O valor médio de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² foi avaliado em R$ 8.404 o metro quadrado, no caso de imóveis anunciados para venda, e de R$ 42,46 o metro quadrado entre unidades oferecidas para locação.
Considerando as 10 cidades monitoradas pelo FipeZAP, São Paulo se destacou com o maior valor médio do segmento, tanto em venda (R$ 10.031/m2 ) quanto locação (R$ 50,90/m2 ). Veja lista:
Em dezembro de 2023, o retorno médio do aluguel de imóveis comerciais foi calculado em 6,26% ao ano, superando a rentabilidade projetada para a locação de imóveis residenciais, de 5,69% ao ano.
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