O sucesso do Fox é a principal razão para a recuperação da Volkswagen, mas não é a única. Nos últimos dois anos, a subsidiária brasileira vem passando por grandes mudanças de gestão e também no relacionamento com a rede de concessionários.

Nos últimos dois anos, para reduzir custos e adaptar a empresa a uma nova realidade, houve um grande enxugamento no quadro. Mais de 200 cargos gerenciais (supervisores, gerentes e diretores) foram extintos. A montadora também lançou um programa de demissão voluntária que contou com a adesão de quase 4000 funcionários a maioria deles perto de se aposentar. Com todas essas mudanças e as sucessivas trocas de presidente a montadora teve três presidentes diferentes em três anos houve uma grande troca de executivos da linha de frente. Os vice-presidentes e diretores da companhia hoje têm, em média, apenas dois anos na função.

Na área de vendas, a mudança mais visível foi o estímulo à chamada "venda direta". Nesse sistema, o revendedor fecha a venda e manda o pedido para a montadora. Assim, o concessionário consegue manter seus estoques baixos e a fábrica pode planejar melhor a produção. "Como boa parte da rede está descapitalizada por causa da crise dos últimos anos, não ter que investir em estoque é um alívio", afirma um revendedor paulista.