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Unilever ameaça tirar anúncios do Facebook e Google, diz Reuters

Segundo Reuters e CNN, alerta será proferido em evento da marca nesta segunda-feira

Unilever: uma das maiores anunciantes quer abrir mão dos gigantes de tecnologia (Karin Salomão/Site Exame)

Unilever: uma das maiores anunciantes quer abrir mão dos gigantes de tecnologia (Karin Salomão/Site Exame)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 12 de fevereiro de 2018 às 17h08.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2018 às 11h05.

São Paulo — Uma das maiores anunciantes do mundo, a Unilever ameaça cortar investimentos em publicidade em plataformas como Google e Facebook caso essas ferramentas continuem criando divisões na sociedade e expondo conteúdos tóxicos, afirmam agências de notícias.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, o aviso será dado na noite desta segunda-feira em uma conferência da empresa na Califórnia, Estados Unidos. A agência teve acesso ao  discurso que Keith Weed, CMO da marca, fará durante o evento.

No texto, segundo a agência, Weed deve afirmar que a Unilever não pretende continuar anunciando em plataformas que não estão comprometidas em contribuir positivamente para a sociedade. "Não podemos continuar sustentando uma cadeia de suprimentos digital que, às vezes, é um pouco melhor do que um pantâno em termos de transparência", afirma trecho do discurso a que a rede de televisão CNN teve acesso.

Segundo as publicações, o CMO não deve citar nenhuma ferramenta específica, mas aproveitará a ocasião para apresentar uma nova ferramenta em parceria com a IBM que reduziria fraudes e oferecia métricas mais confiáveis para marcas. A checar.

A Unilever, que fabrica os produtos da marca Dove, o sabão em pó Omo e a maionese Hellmann's (entre tantos outros),  investiu o equivalente a 9,4 bilhões de reais em publicidade no ano passado — o marketing digital responde por um terço desse montante, segundo a Reuters.

Enquanto isso, no Brasil ... 

Na última semana, o jornal Folha de S. Paulo deixou de compartilhar conteúdo na rede social Facebook. A decisão aconteceu depois que a plataforma criada por Mark Zuckerberg mudou as regras de seu feed de notícias e passou a priorizar postagens de amigos e familiares em vez de publicações feitas por páginas de marcas e  de veículos da imprensa. 

 

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