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Tite critica ação humanitária da Mastercard, patrocinadora da CBF

Durante coletiva, técnico da Seleção fez sua crítica sobre nova campanha da Mastercard que envolve possíveis gols dos craques

Tite: algumas críticas sobre nova campanha da Mastercard (Fabrizio Bensch/Reuters)

Tite: algumas críticas sobre nova campanha da Mastercard (Fabrizio Bensch/Reuters)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 4 de junho de 2018 às 15h31.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às 16h28.

Desde que Neymar ainda jogava com Messi no Barcelona, a Mastercard desenvolve a campanha #juntossomos10. Criada com o intuito de ajudar o Programa Mundial de Alimentos, a estratégia consiste em doar pratos de comida a cada gol dos atacantes e por meio do compartilhamento da hashtag.

Expandida em ano de Copa, a campanha da patrocinadora oficial da CBF aumenta a sua atuação e a cada gol dos artilheiros durante qualquer campeonato oficial a partir de junho até 2020, a operadora doará 10 mil refeições para pessoas carentes. Para entender melhor todo o conceito confira o anúncio abaixo:

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Com abrangência mundial, a iniciativa da companhia americana levantou questões em diversas partes do mundo. Uma dessas interpretações veio a público em coletiva de imprensa dada por Tite no sábado (02), no pré-amistoso e antes de Neymar marcar um gol contra a Cróacia.

Perguntado sobre a sua opinião da campanha por um repórter estrangeiro,Tite não floreou e disse que “É muito bonita essa doação em relação à entidade assistencial. É linda, grande. Assim como é grande também vocês darem pratos se todos os atletas da Argentina e do Brasil marcassem um gol. Assim como é grande também vocês darem pratos se todos os atletas da Argentina e do Brasil marcassem um gol. A gente trabalha enquanto equipe e com todos esses valores pode frustrar um pouquinho.”.

Tida como uma sugestão sobre a proposta da iniciativa, o questionamento do técnico levantou reações da imprensa, dos entusiastas do futebol e dos que acompanham o segmento publicitário.

Até o momento a Mastercard não se pronunciou sobre o ocorrido.

Conteúdo publicado originalmente no site AdNews.

Atualização

A Mastercard respondeu sobre às críticas com um posicionamento oficial:

"Nós na Mastercard ouvimos os comentários sobre a nossa campanha na América Latina com os embaixadores da marca, Messi e Neymar Jr., em apoio ao Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP). Não queremos que torcedores, jogadores ou qualquer pessoa perca o foco na questão crítica da fome e em nossos esforços para aumentar o apoio a essa causa. Com isso, estamos ajustando a campanha ao substituir a doação de 10 mil refeições por gol feito por Messi ou Neymar Jr. por uma doação de 1 milhão de refeições em 2018, além das 400 mil refeições que já havíamos doado desde o início desta campanha. Queremos reforçar que nosso compromisso global de 100 milhões de refeições vai além desta iniciativa e a Mastercard continuará sendo um dos muitos agentes engajados em reverter o ciclo da pobreza mundialmente. Agradecemos aos embaixadores da nossa marca que continuarão a desempenhar um papel fundamental para nos ajudar a aumentar a conscientização sobre esta causa".

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