Para demonstrar o serviço, o repórter do jornal pagou US$ 15 dólares por mil curtidas em uma página falsa sobre abobrinhas. O dono do negócio, não identificado, afirma que, dentre três ou quatro horas, o pedido está pronto (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2013 às 17h40.
São Paulo - Com a chegada de marcas e empresas no Facebook e outras redes sociais, a busca por fãs, "curtidas", comentários e outras interações aumentou radicalmente.
Como o Adnews já noticiou antes, no Brasil, diversas empresas se oferecem para aumentar essas cifras. Mas isso não é algo exclusivo do nosso país.
Como mostra denúncia feita pelo jornal britânico The Guardian, na última sexta (2), um homem de Dhaka, em Bangladesh, vende likes no Facebook com a ajuda de funcionários que clicam no botão usando divesos perfis - falsos ou não.
Para demonstrar o serviço, o repórter do jornal pagou US$ 15 dólares por mil curtidas em uma página falsa sobre abobrinhas. O dono do negócio, não identificado, afirma que, dentre três ou quatro horas, o pedido está pronto.
O homem ainda oferece outros "serviços", como visualizações no YouTube e afirma que pode fazê-los de forma legal ou não.
Ao perguntar para os "fazendeiros de ciques" (ou "click farms") se o homem tinha algum cliente famoso, eles apontaram a fanpage de Monopoly Plus, jogo da empresa Hasbro que possuia mais de 65 mil likes. Após ser questionada sobre a possível compra de curtidas, companhia tirou a página do ar.
Outro dado assustador da denúncia é o valor do salário dos click farms.
De acordo com o The Guardian, as pessoas mostradas na reportagem ganham US$ 15 (cerca de R$ 30) a cada mil curtidas, o que não estende sua renda anual a mais de US$ 120 (por volta de R$ 250).
Além disso, os funcionários vivem uma espécie de semiescravidão, já que trabalham em local apertado durante dia e noite, até que terminem as curtidas.