Vivo: marca será estendida para a área de telefonia fixa em no máximo dois anos (.)
Tatiana Vaz
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 13h09.
São Paulo - A força da marca Vivo no Brasil, que suplantou a Telesp quando a empresa foi lançada, em 2003, deve também extinguir a Telefônica. Segundo apurou o site EXAME com fontes ligadas diretamente ao comando da companhia espanhola, a estratégia será a de criar a marca Vivo Fixa para substituir a Telefônica na área de telefonia fixa em no máximo dois anos.
A decisão foi tomada após a efetiva compra das ações da Vivo pela empresa de telecomunicações espanhola, em julho. Depois de uma meticulosa pesquisa de imagem, o comando global da empresa constatou que a Vivo teria uma imagem muito melhor aceita pelos brasileiros do que a Telefônica.
"A marca Telefônica é desgastada e está longe de estar atrelada à preocupação com os clientes, ao contrário da Vivo", diz o professor Cláudio Tomanini, da Fundação Getúlio Vargas. "Para a companhia, é mais rápido, certeiro e barato investir numa marca já bem consolidada em vez de consertar um nome ou ter de criar uma imagem do zero".
Mudança gradual
A marca Vivo Fixo deve surgir paulatinamente nos próximos meses na oferta de serviços agregados de telefônica fixa e móvel - produtos já ofertados hoje pela companhia no país. A ideia é fazer com que os clientes se ambientem à nova marca. “Essa sobreposição deve levar alguns meses até a alteração de nome definitiva para Vivo Fixa”, diz Tomanini.
A iniciativa, segundo a fonte, é uma maneira de a empresa se precaver de possíveis erros de serviços nesse período. "Se ocorrerem erros, será mais fácil atribuí-los à marca do serviço fixo e não do móvel, porém com um risco pequeno já que a Telefônica deve, além da marca, integrar as melhores práticas da Vivo em suas diretrizes de negócios", afirma o professor.
Isso explica porque a Telefônica também preferiu não trazer para o Brasil a marca Movistar para a área de telefonia móvel, como vem fazendo nos demais países latinos onde o serviço é ofertado. "A Telefônica sabe que corre o risco de perder clientes, se fizer essa alteração no Brasil", afirma Virgílio Freire, consultor do setor de telecomunicações.
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