"Todas (as agências) tem um esquema especial de acordo com a sua localidade", diz José Paiva Ferreira (C), vice-presidente executivo de varejo do Santander
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2011 às 13h56.
Rio de Janeiro - O Santander inaugura hoje a sua primeira agência dentro de uma favela no Brasil no Complexo do Alemão, uma das regiões de maior conflito da zona norte do Rio de Janeiro. O ponto de atendimento será igual aos demais da rede, mas sofreu adaptações para conquistar os 150 mil moradores da comunidade. Enquanto a renda média exigida para abertura de conta no banco é de R$ 1 mil, no Alemão quem recebe a partir de um salário mínimo poderá ter sua conta.
A instituição financeira também teve que flexibilizar a forma de comprovação de moradia, passando a aceitar o comprovante de residência fornecido pela associação de moradores local. O esquema de segurança da agência não será diferente de outras regiões. "Cada agência tem a sua especificidade com relação a segurança. Todas tem um esquema especial de acordo com a sua localidade", afirma José Paiva Ferreira, vice-presidente executivo de varejo do Santander. "Essa agência é igual a que inauguramos há duas semanas em Laranjeiras, na zona sul, e é igual a qualquer outra do Brasil ou da Espanha", reforça.
A nova agência terá um posto de atendimento de microcrédito que já estava presente na favela desde novembro de 2009 e atendeu cerca de 400 pessoas. Oito moradores do Complexo do Alemão trabalharão na agência que faz parte do plano de expansão da rede no Rio de Janeiro e no Brasil. O banco tem planos para abrir 600 pontos de atendimentos até 2013 em todo o país, sendo 70 deles no Rio, onde a instituição tem a folha de pagamento da Prefeitura da Cidade.
Ao abrir uma agência dentro de uma favela, o Santander quer aprender como atender e conquistar os clientes da base da pirâmide para expandir a experiência para outras regiões. A ação está inserida dentro do Programa Menor Renda, projeto que engloba também os universitários.
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