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Record critica Globo e diz que vai negociar com clubes

A emissora paulista divulgou nota em que critica as atitudes da concorrente e afirma que também pode negociar diretamente com os clubes

Neymar, do Santos, durante jogo entre Santos 2 x 3 Corinthians, partida válida pelo Campeonato Brasileiro 2010 (Renato Pizzutto/Placar)

Neymar, do Santos, durante jogo entre Santos 2 x 3 Corinthians, partida válida pelo Campeonato Brasileiro 2010 (Renato Pizzutto/Placar)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 17h51.

São Paulo - A Record assumiu publicamente nesta quarta-feira a briga com a Globo para ficar com os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro entre os anos de 2012 e 2014. A emissora paulista divulgou nota em que critica as atitudes da concorrente e afirma que também pode negociar diretamente com os clubes.

De acordo com a Record, a concorrência a ser realizada por meio do Clube dos 13 é transparente, séria e com regras claras. "O documento exige propostas entregues em envelopes fechados e pressupõe declarar vencedor aquele que fizer a melhor proposta financeira para todos os clubes", diz o comunicado.

Ainda segundo a emissora paulista, "a proposta do Clube dos 13 rompe com as obscuras negociações que favoreciam o monopólio e descaracterizavam a concorrência, impondo aos clubes valores e limitações exigidas pelos eternos favorecidos".

No entanto, como 10 equipe brasileiras já romperam com o Clube dos 13 (Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Grêmio e Coritiba) e anunciaram que negociarão os direitos de transmissão de seus jogos diretamente com as televisões, a Record anunciou que, assim como a Globo, pode negociar direto com os times.

"Se os clubes desejarem uma negociação em separado, optando por outro modelo, a Record também pretende apresentar proposta, desde que as negociações sejam feitas seguindo padrões de transparência e regras claras. Ou seja, com a garantia de que a melhor proposta para a televisão aberta terá preferência", afirma a emissora em comunicado.

Confira na íntegra a nota da Record:

"A Rede Record vem a público expressar preocupação com as reações ao modelo de negociação proposto pelo Clube dos 13. O formato foi desenvolvido como consequência de um acordo entre o Clube dos 13 e o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Pelo que foi acertado, cláusulas que caracterizavam o favorecimento a um monopólio e impediam a participação de outros concorrentes de forma democrática e transparente foram proibidas.

O modelo anterior impôs aos clubes brasileiros o endividamento e a perda sucessiva de seus maiores talentos para outros países. Alguns clubes brasileiros passam meses sem parceiros patrocinadores porque camisas, luvas, bonés e até placas publicitárias são evitadas ou encobertas nas transmissões esportivas. Ainda existem alguns clubes brasileiros que simplesmente são ignorados durante a temporada e passam semanas sem que seus jogos sejam transmitidos.

A carta convite enviada pelo Clube dos 13 contempla uma concorrência transparente, séria, com regras claras. O documento exige propostas entregues em envelopes fechados e pressupõe declarar vencedor aquele que fizer a melhor proposta financeira para todos os clubes. O modelo é semelhante ao estabelecido pelo Comitê Olímpico Internacional para a disputa de direitos dos Jogos Olímpicos. A Record detém os direitos de transmissão exclusivos dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Fez a melhor proposta e venceu. O mercado publicitário brasileiro - de forma ousada - correspondeu ao investimento da Rede Record e cobriu todos os custos de direitos e transmissão, além de gerar lucros. Parte do pacote olímpico já foi visto no Brasil com a premiada e pioneira cobertura esportiva dos Jogos de Inverno de 2010, de Vancouver, no Canadá. Prova inequívoca de que a Record quer inovar no esporte, tem apoio do mercado publicitário e retorno expressivo em audiência. Este ano, em outubro, faremos o mesmo com os Jogos Panamericanos de Guadalajara.

A proposta do Clube dos 13 rompe com as obscuras negociações que favoreciam o monopólio e descaracterizavam a concorrência, impondo aos clubes valores e limitações exigidas pelos eternos favorecidos.

A Record reafirma o desejo de participar da concorrência do Clube dos 13, se os associados estiverem em acordo e unidos em busca de propostas que ofereçam alternativas para o torcedor brasileiro, melhorem arrecadações e ampliem a possibilidade de surgimento de novos patrocinadores.

Mas se os clubes desejarem uma negociação em separado, optando por outro modelo, a Record também pretende apresentar proposta, desde que as negociações sejam feitas seguindo padrões de transparência e regras claras. Ou seja, com a garantia de que a melhor proposta para a televisão aberta terá preferência.

Esta é a forma que a Record encontra para contribuir com a evolução e o desenvolvimento do futebol brasileiro, proporcionando ao torcedor acesso livre e gratuito ao esporte preferido da nação."

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