Marketing

Propaganda mobile ainda não conquistou os brasileiros

A pesquisa Brasileiros e o M-Commerce dedicou-se também a entender como as pessoas recebem as propagandas via mobile


	Celular: propagandas mobile são muito mais criticadas do que elogiadas pelos usuários, diz estudo
 (©afp.com / Frederic J. Brown)

Celular: propagandas mobile são muito mais criticadas do que elogiadas pelos usuários, diz estudo (©afp.com / Frederic J. Brown)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 16h36.

São Paulo - Pode-se dizer que as empresas ainda estão aprendendo a elaborar suas estratégias de marketing para dispositivos móveis.

Foi o que relevou um estudo encomendado pela Pagtel, empresa brasileira pioneira no segmento de pagamentos móveis, para a Mobi.life, empresa do grupo E.life especializada em dispositivos móveis.

Além de mapear o comportamento do consumidor, a pesquisa Brasileiros e o M-Commerce dedicou-se também a entender como as pessoas recebem as propagandas via mobile.

"Decidimos entender melhor o mobile marketing, pois nota-se um grande crescimento de campanhas para dispositivos móveis e torna-se cada vez mais importante entender como o consumidor vê e assimila essas propagandas que recebe em seus dispositivos móveis", comenta Felipe Lessa, diretor de marketing e produtos da Pagtel.

De uma forma geral, as propagandas mobile são muito mais criticadas do que elogiadas pelos usuários.

Mensagem de voz é o tipo menos bem visto (88% não aprovam a mensagem recebida), seguido por banners em jogos (74% desaprovam) e banner em aplicativo (70% não apreciam o conteúdo).

De acordo com a pesquisa, o que mais desagrada nas campanhas mobile é a propaganda não autorizada pelo usuário, sobretudo para SMS.

O mais intrigante é que, apesar do SMS ser o meio menos aceito pelos usuários, ele ainda é a forma mais usada pelas empresas para "conversar" com o consumidor – cerca de 88% dos entrevistados já receberam algum tipo de propaganda desse tipo.

Outras queixas de quem recebe conteúdo de marketing pelo dispositivo móvel são: conteúdo desinteressante, sensação de invasão, alta frequência de recebimento de mensagens, insegurança em relação a vírus e hackeamento, sobretudo em banners.

O estudo apontou também que as propagandas móveis que mais geram engajamento são aquelas que apresentam conteúdo interessante, ou seja, quanto mais a empresa conhece o usuário e domina os meios móveis de comunicação, mais chances ela terá que conquistar esse cliente.

"A pesquisa deixa claro a importância de se aliar a estratégia de marketing digital das empresas com Big Data. Quanto mais os anunciantes souberem sobre seus consumidores, maior será o retorno que ele terá da campanha", explica Felipe Lessa.

Outros pontos que atraem o usuário são o visual bonito da propaganda e a presença de opção de fechar ou apagar a propaganda.

Já banner em sites é o tipo de propaganda que mais gera engajamento em dispositivos móveis, com 56% das pessoas já tendo clicado na propaganda, interessado pelo produto ou serviço (55%), entrado no site do anunciante (54%) ou mesmo, buscado informações sobre o produto e serviços (50%).

Além disso, um dado interessante da pesquisa mostra que, apesar da propaganda via bluetooth ser a menos recebida pelos usuários (5% apenas recebem por esse meio), ela ainda é a mais bem aceita por eles (71% dos que receberam conteúdo via bluetooth gostaram da propaganda).

Dados da Pesquisa

Período – Maio e Junho de 2014
Número de pessoas – 480 pessoas
Abrangência – Nacional
Perfis dos entrevistados - Entre os respondentes 60% são mulheres, 38% tem entre 26 e 35 anos e 30% entre 15 e 25 anos, 34% pertencem a classe social B2 e 28% a B1.

Além disso, 56% dos entrevistados são do sudeste, 18% do nordeste, 15% da região sul, 8% da região centro-oeste, 3% da região norte.

Acompanhe tudo sobre:AdnewsCelularesConsumidoresestrategias-de-marketingIndústria eletroeletrônica

Mais de Marketing

Casa da Asics em São Paulo já realizou mais de 20 mil encontros com corredores

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?

Creamy, marca de skincare, expande portfólio e entra no mercado de perfumes