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Planalto determina retirada de cartazes de campanha de trânsito

A campanha original trazia o slogan "Gente boa também mata". Segundo o secretário de Comunicação da Presidência, "a comunicação não foi bem feita"

O material será substituído por outras peças publicitárias. (Divulgação)

O material será substituído por outras peças publicitárias. (Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 08h43.

Última atualização em 5 de janeiro de 2017 às 08h48.

Brasília - Após polêmica em torno da nova campanha de segurança no trânsito, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) determinou a retirada "imediata" dos cartazes que foram distribuídos em mobiliários urbanos de várias cidades do País.

O material será substituído por outras peças publicitárias. A campanha original trazia o slogan "Gente boa também mata" sobre fotos de pessoas que praticam boas ações. A ideia era mostrar que qualquer um pode cometer imprudências no volante.

"Ao levar essas peças para o cartaz, houve um equívoco. A comunicação não foi bem feita. Por isso, determinamos a retirada desse cartazes", afirmou o secretário de Comunicação da Presidência, Márcio Freitas.

"Fizemos uma reunião com a agência e determinamos a imediata substituição deles. A agência já está providenciando isso", completou.

Segundo ele, a substituição das peças não vai acarretar em novos custos para o governo. Freitas ressalta ainda que as mudanças só deverão ocorrer no material impresso. O vídeo que integra a campanha deverá ser mantido.

Procurado pela reportagem, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, disse que a campanha não foi idealizada pela pasta.

"É uma campanha produzida e gestada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. A comunicação do Ministério só teve acesso ao vídeo, que no contexto é bom. O que deu problema, o que polemizou, foram as peças apresentadas de forma isolada", afirmou.

Lessa acompanhou a repercussão da campanha desde o fim de semana, por meio de pesquisas internas. "O monitoramento mostra que é uma campanha polêmica e com muito mais efeito negativo do que positivo. Por isso, liguei para o Márcio Freitas na segunda-feira e disse que, na minha opinião, a campanha tinha que ser retirada, mas a Secom defendeu a manutenção", ressaltou o ministro.

"Ontem à tarde voltei a procurá-lo porque é o Ministério que está na linha de tiro. Eles se comprometeram a mudar as peças dessa primeira etapa. Solicitei também que eles retirassem a assinatura do Ministério. Eles retiraram e estão mudando as peças", emendou.

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