Marketing

Perfil do profissional de marketing no Brasil

O mapa da profissão mostra a predominância da mulher na área, ocupando 57,5% dos postos de trabalho

O perfil encontrado foi de uma mulher de 25 a 45 anos, formada em marketing com pós-graduação ou MBA (Getty Images)

O perfil encontrado foi de uma mulher de 25 a 45 anos, formada em marketing com pós-graduação ou MBA (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2011 às 11h24.

Rio de Janeiro - Mulher, analista de marketing, trabalha há mais de um ano na mesma empresa de pequeno porte, é formada em marketing, tem entre 25 e 45 anos, pós-graduação ou MBA, trabalha com uma verba de até R$ 500 mil, pretende ficar na mesma companhia no próximo ano e fazer uma nova pós-graduação. Acredita que será promovida, tem como desafio conseguir mostrar o valor que o marketing pode proporcionar à organização e está satisfeita com seus fornecedores. Este é o principal perfil do profissional de marketing no Brasil.

O mapa da profissão traçado pelo Mundo do Marketing em pesquisa realizada em conjunto com a Michael Page mostra a predominância da mulher na área. Elas são a maioria, ocupando 57,5% dos postos de trabalho. O levantamento realizado pela internet em setembro de 2011 ouviu mil pessoas em todo o Brasil.

Entre os cargos, 28% são analistas, 19% gerentes, 17% assistentes, 14% coordenadores, 7% estagiários, outros 7% diretores, 5% supervisores e menos de 1% presidentes. A conta fecha com 2% exercendo outros cargos.

Contrariando a percepção de que o profissional de marketing permanece por pouco tempo na mesma empresa, apenas 17% têm menos de um ano de casa. A maior parte (44%) tem entre um e cinco anos. Os veteranos, com mais de 10 anos na mesma companhia, somam 17%, enquanto 22% têm entre cinco e 10 anos de casa. Destes, 37% pretende ficar na mesma empresa no próximo ano acreditando que será promovido.

Evoluir na carreira é essencial

Já os que pretendem trocar de endereço comercial somam 35%. Há ainda uma parcela (16%) que pensa em permanecer na mesma companhia com o mesmo cargo e salário. Abrir o seu próprio negócio (8%), trocar de carreira (2%) e até mesmo parar de trabalhar para se dedicar aos estudos (2%) também faz parte dos planos destes profissionais.


Investir nos estudos é um desejo comum. “Esta ansiedade vivida pelos profissionais é reflexo das boas notícias sobre a conjuntura econômica, que gera a impressão de um excesso de oportunidades no mercado, nem sempre real”, afirma Sergio Sabino, diretor de marketing da América Latina do grupo Michael Page.

Apesar de 33% dos profissionais de marketing no Brasil terem pós-graduação e outros 20% MBA em marketing, 67% pretende fazer um novo curso de longa duração, incluindo outro MBA ou Pós no país e no exterior (27%), nas áreas de pesquisa, gestão, responsabilidade social, marketing digital e comportamento do consumidor.

Cursos de curta duração (53%) e participação em eventos no Brasil (53%) e no exterior (27%) também fazem parte do plano de carreira do profissional de marketing.

Tudo isso para poder enfrentar os desafios que eles acreditam serem os mais importantes, como conseguir mostrar efetivamente o valor que o marketing pode proporcionar à organização, votado como o mais relevante para a maioria. Boa parte dos profissionais também reclamou dos salários.

Para eles, há uma baixa remuneração no marketing quando comparada a cargos equivalentes em outras áreas. O budget incompatível com as expectativas da companhia também é apontado como um desafio, seguido da falta de valorização da profissão em determinados setores e a constante necessidade de adaptar-se com rapidez às mudanças de mercado e do comportamento do público-alvo.

No quesito satisfação com seus fornecedores de marketing, a situação é relativamente positiva. Em uma escala de um a 10, as agências de propaganda e de promoção obtiveram as melhores médias, com 6,5. Os terceirizados de marketing digital ficaram com nota 6, enquanto os de relacionamento e de pesquisa por pouco não ficaram em recuperação, com médias 5,6 e 5,4, respectivamente.

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