Uma das manifestações mais enfáticas de apoio à renúncia de Blatter veio da Adidas, uma das parceiras mais antigas da entidade (.)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2015 às 19h31.
Nova York - Não foram apenas dirigentes e líderes esportivos do mundo que aprovaram a renúncia anunciada por Joseph Blatter nesta terça-feira.
A saída do presidente da Fifa, programada para o fim do ano ou início de 2016, agradou também aos patrocinadores da entidade e dos principais eventos realizados pela Fifa.
Uma das manifestações mais enfáticas de apoio à renúncia de Blatter veio da Adidas, uma das parceiras mais antigas da entidade.
"A notícia de hoje marca um passo da Fifa na direção correta no caminho de seguir padrões transparentes de boa governança em tudo o que eles fazem", registrou a empresa que fornece as bolas da Copa do Mundo desde 1970.
Com o mesmo tom, a Coca-Cola afirmou que a decisão é "um passo positivo para o bem do esporte, do futebol e seus fãs".
E cobrou os dirigentes para que "continuem a agir com urgência para tomar ações concretas para lidar com esses problemas. Acreditamos que isso vai ajudar a Fifa a ser uma instituição do século XXI".
Para o McDonald's, "as acusações de corrupção e questionamentos éticos dentro da Fifa ofuscaram o futebol". "Esperamos que as mudanças que estão sendo realizadas na Fifa sejam o primeiro passo para uma reforma positiva da organização."
Os patrocinadores já haviam se manifestado de forma dura logo após a prisão de sete cartolas da Fifa na quarta-feira da semana passada.
Assustados com a investigação realizada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os parceiros da entidade máxima do futebol mundial apoiaram as investigações e pediram esclarecimentos à Fifa.
Uma das cobranças mais fortes veio da Visa. E, nesta terça, a empresa voltou à carga ao afirmar que a Fifa "restaure sua reputação e reconstrua uma cultura baseada em fortes práticas éticas".
A Visa já havia alertado que poderia rever seu patrocínio caso a entidade não revisse suas práticas.
A única empresa que não se pronunciou foi a Gazprom, controlada por Vladimir Putin, presidente da Rússia e organizador da Copa do Mundo de 2018.
A repercussão do caso com os patrocinadores preocupa a Fifa porque estas empresas respondem por quase um terço do faturamento da entidade.
Números recentes mostram que a Fifa arrecadou US$ 5,7 bilhões entre 2011 e 2014, incluindo os lucros obtidos com a Copa do Mundo do ano passado. Patrocinadores e parceiros comerciais foram responsáveis por US$ 1,6 bilhão desta soma.