Plano de negócio foi elaborado pelas agências Lynx e Cross Marketing, ambas da Holding Clube, e pretende levantar R$ 25 milhões em patrocínio nos próximos três anos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2011 às 14h56.
São Paulo - O Parque Nacional de Iguaçu (PNI), administrado pela companhia de capital fechado Cataratas S/A, irá buscar empresas para comercializar cotas de patrocínio. Com o projeto, marcas poderão explorar espaços sob concessão, o equivalente a 3% da área total do parque, além de utilizar imagens do local em sua comunicação publicitária e licenciar produtos inspirados no PNI.
O plano de negócio foi elaborado pelas agências Lynx e Cross Marketing, ambas da Holding Clube, e pretende levantar R$ 25 milhões em patrocínio nos próximos três anos. Serão comercializadas ao todo sete cotas, de três modalidades: uma cota “Água”, no valor de R$ 3 milhões por ano até 2014; duas cotas “Onça-Pintada”, de R$ 1,5 milhão por ano e quatro cotas “Quati”, com investimento de R$ 600 mil anuais.
As únicas restrições são empresas que comercializem bebidas alcoólicas e cigarros. “As marcas querem ter agenda positiva com o governo e essa é uma oportunidade”, avalia Tatiana Oliva, diretora geral da Cross.
De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável por áreas de conservação no Brasil, o Parque de Iguaçu é o segundo mais visitado do país. Só fica atrás do Parque da Tijuca, onde está localizado o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
O principal objetivo é captar recursos para transformá-lo em um piloto para o projeto “Parques da Copa”, encabeçado pelo Ministério do Turismo e pela Embratur. “Se pensarmos na unidade para o mundial de 2014, esse é um modelo”, acredita Marcelo Mader, diretor corporativo da Cataratas.
O PNI foi a primeira unidade de conservação a ter um contrato de conceção com a iniciativa privada no país. Em 1999, ela foi concedida para a Cataratas S/A por um período de 21 anos (o contrato segue até 2020). No último ano, o Parque de Iguaçu recebeu 1,2 milhão de visitantes e arrecadou R$ 15 milhões, com visitação, venda de ingressos e com o contrato de concessão.
Segundo Jorge Pegoraro, diretor geral da ICMBio, com o plano de negócio para a captação de patrocínio, o modelo deverá ser expandido para outras unidades com atividade de visitação no Brasil, como o Parque da Tijuca e o de Fernando de Noronha (PE), que também será administrado pela Cataratas S/A. “O desafio é estruturar um projeto para que isso ocorra”, afirma.
Cotas
As cotas devem ser comercializadas no próximo ano. Com o montante arrecadado, o principal objetivo é adaptar o Parque para a ser a primeira unidade do gênero totalmente acessível para portadores de necessidades especiais.
Também está prevista a construção de um centro de convenções, com capacidade para 250 pessoas, reformular a sinalização, com placas disponíveis em três idiomas (português, espanhol e inglês), implantar sistema de mídia eletrônica, com um sistema de TV para restaurantes e ônibus, e serviço mobile, com o qual o usuário poderá baixar, via tecnologia bluetooth, conteúdo sobre trilhas e informações sobre o parque.