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Não somos uma empresa geeky, diz Stefan Olander, da Nike

Para o VP global de Digital Sport da companhia, tecnologias devem ser simples e estar a favor da criatividade e do consumidor

Para Stefan Olander, da Nike, a conexão entre as pesoas é mais importante do que tudo (Nike/Divulgação)

Para Stefan Olander, da Nike, a conexão entre as pesoas é mais importante do que tudo (Nike/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2010 às 14h57.

São Paulo – "Mantenha a simplicidade. Faça grudar. Não seja geeky. Torne contagiante. Rasteje. Caminhe. Corra. Pense grande". Foi assim, em frases breves, que o vice-presidente global de Digital Sport da Nike, Stefan Olander, listou os princípios seguidos pela empresa em suas ações de marketing digital. Olander palestrou nesta quarta-feira (28) no painel sobre inovação e integração do Seminário e Feira de Comunicação e Marketing Digital ProXXIma 2010, que acontece em São Paulo.

Para explicar a lógica que orienta a companhia em suas ações digitais, Olander utilizou a experiência com o Nike+, um sistema  wireless criado em 2006 que permite a corredores transmitir para um iPod Nano informações da corrida (como velocidade e distância percorrida) a partir de um chip instalado na entressola do tênis.

De acordo com ele, a prioridade da Nike é utilizar ferramentas digitais para fazer as pessoas se sentirem melhor. "A conexão entre as pessoas é mais importante do que tudo", afirma. "Não somos obcecados por ROI (retorno sobre investimentos, na sigla em inglês)". Para Olander, o que existe na Nike é um grande empenho em entender o consumidor e saber quais são seus hábitos e suas necessidades. "Todo mundo pode ser atleta. O espírito da empresa é esse. Não quer dizer que todo mundo é igual e que vai se tornar um atleta, mas nós damos as ferramentas para você melhorar”, explica. "Fazemos a intersecção entre o mundo off e o mundo online".


No case Nike+, o primeiro passo foi perceber que as pessoas gostam de ouvir música enquanto correm. Depois, que gostam de acompanhar seus resultados e compartilhar suas vitórias com outras pessoas. Baseando-se nisso, a primeira experiência foi colocar um dispositivo no tênis que se comunicasse com um relógio e mandasse informações para ele. A parceria com a Apple tornou essa lógica mais completa ao fornecer uma tecnologia que combinasse música, monitoramento dos dados da corrida e recursos wireless. O site da ação indicava ao corredor seus números e também outras informações que ajudavam a identificar o comportamento dos atletas.

"Realmente entendemos que o digital vai dominar o mundo, então precisamos voltar a empresa para isso. A ideia sempre é criar uma boa estrutura para gerar criatividade", diz, citando como grandes parceiros a R/GA de NY e a Apple. "Você junta linhas criativas com conhecimento da tecnologia".

Para Olander, porém, a tecnologia em si não é a solução. Deve-se investir em criatividade, mas também em simplicidade. Segundo ele, as pessoas gostam do que é bonito, simples e fácil de usar. "O que queremos é ter um entendimento tecnológico sobre o que acontece no mundo. Pegamos a tecnologia e tentamos entendê-la para torná-la simples. Não seja geeky", diz. "Simplesmente deixe que as tecnologias estejam acessíveis. Os geeky naturalmente irão querer melhorá-la e isso é bom".

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