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Para Walmart, não há preocupações com impacto nas vendas

Héctor Nuñes, presidente do Walmart Brasil, diz que medidas sustentáveis são prioridades e desafia concorrentes a copiarem modelo da companhia

Nuñes disse que o Brasil está à frente da operação norte-americana no quesito de sustentabilidade (./Divulgação)

Nuñes disse que o Brasil está à frente da operação norte-americana no quesito de sustentabilidade (./Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2010 às 19h23.

São Paulo - Diante de uma plateia repleta de executivos das principais empresas do País, inclusive concorrentes da área do varejo, o presidente do Walmart no Brasil, Héctor Nuñes, afirmou não estar preocupado se as medidas sustentáveis adotadas pelo grupo irão afetar as vendas da companhia. "Estamos assumindo um posicionamento de comprometimento com o meio ambiente, porque não dá mais para ser de outro jeito", declarou o executivo em sua palestra sobre sustentabilidade no 1º Fórum de Marketing Empresarial, realizado pela Dória Associados e Editora Referência, neste final de semana, no Guarujá, em SP.

Nuñes disse que o Brasil está à frente da operação norte-americana no quesito de sustentabilidade por conta da Amazônia e que a "saúde" financeira da empresa e o fato de ela ser uma companhia de U$S 400 bilhões, mas "familiar", favorece a atuação local. "Quero comprar todo o produto da população ribeirinha da Amazônia, caso isso evite a prática do garimpo", afirmou.

O executivo detalhou os projetos que o Walmart está implementando na área, como o "Ponta a Ponta", que incentiva os fornecedores a criarem produtos 100% sustentáveis. "Já temos 30 fornecedores envolvidos. Queremos que isso se torne uma cadeia, com aumento de participantes a cada edição". Também falou das medidas para reduzir o uso de sacolas plásticas, com descontos para os consumidores que evitarem a utilização do produto em suas compras. "Já evitamos o uso de 29,5 milhões de sacolas, o que representou R$ 900 mil em descontos."

Questionado, Nuñes disse que não há projeção de tempo para a companhia colher os frutos dos projetos e que, para eles não serem cortados por conta de custos, eles precisam ser incorporados à margem do negócio. "Não quero que os projetos sejam apenas para aparecer em 'power point'".

Para exemplificar o modo de atuação da empresa, o executivo brincou com João Dória Jr., mediador da palestra, dizendo que para reduzir o preço para o consumidor final do Walmart, ele jamais se hospedaria por vontade própria no Sofitel (luxuoso hotél onde acontece o Fórum de Marketing Empresarial). "Se o hotel for limpinho, é o que importa", declarou.

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