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Morte de cachorro em loja do Carrefour gera onda de protestos

Segundo denúncia, animal teria sido morto por um segurança do supermercado; Carrefour afasta equipe para investigação

 Imagens divulgadas por ativistas mostram marcas de sangue no chão da unidade. (Facebook/Reprodução)

Imagens divulgadas por ativistas mostram marcas de sangue no chão da unidade. (Facebook/Reprodução)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 11h12.

Última atualização em 4 de dezembro de 2018 às 21h35.

São Paulo - A rede de supermercados Carrefour está no centro de uma polêmica. Na última quarta-feira (28), um segurança do supermercado teria espancado um cachorro na unidade de Osasco da rede, em São Paulo.

A denúncia feita nas redes sociais mostra imagens do animal com as patas traseiras feridas e marcas de sangue no chão da loja. Defensores dos animais e ativistas dizem ainda que houve tentativa de envenenamento do animal.

O cachorro chegou a ser socorrido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) mas não resistiu ao ferimento e morreu. Uma versão de atropelamento chegou a ser levantada, mas logo foi contestada por outros funcionários que teriam testemunhado o ocorrido e dito que o animal teria sido agredido a pauladas.

Um laudo determinará a causa da morte. O cachorro estava na loja de Osasco havia alguns dias e chegou a receber água e alimentos dos funcionários do local. Ainda de acordo com denúncias nas redes sociais, o segurança da loja teria agredido o cachorro após uma suposta ordem de seu superior para "limpar" o mercado, que receberia naquele dia visita de executivos da empresa.

Atuante na causa animal, o delegado Bruno Lima esteve no local e afirmou que um inquérito vai apurar se o cachorro também foi envenenado e se o segurança que o matou cumpria ordens da chefia ou agiu por conta própria.

“Estaremos acompanhando de perto até que esse crime seja solucionado. Temos algumas testemunhas que confirmam o ato cruel e que identificaram o autor do crime. Infelizmente a dor que o animal sofreu não temos como apagar e também a sua vida trazer de volta, mas seremos sua voz e lutaremos em seu nome”, declarou o delegado.

No mesmo dia, um grupo de ativistas e protetores de animais protestou na unidade. As contas oficiais do Carrefour no Instagram e Facebook também têm recebido centenas de mensagens e críticas repudiando o ocorrido. 

O artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) considera crime as práticas de abuso, ferir ou mutilar animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos e que podem render pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.

Outro lado

O  Carrefour emitiu um comunicado sobre o caso, afirmando que repudia maus-tratos contra animais e que afastou temporariamente a equipe de segurança que estava de plantão naquele dia enquanto prosseguem as investigações. Leia na íntegra abaixo:

"A rede informa que repudia veementemente qualquer tipo de maus-tratos. Esclarece ainda que, preventivamente, afastou a equipe responsável pela segurança do local no dia da ocorrência até que a rigorosa apuração em curso seja concluída e as devidas providências adotadas. Reforça também que, assim que notou a presença do animal nas dependências da loja, o acolheu, oferecendo água e comida, até que a equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Osasco chegasse ao local para o devido atendimento." 

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