Norte-americanos fazem compras no "Black Friday", ínicio do consumo para o Natal (Chris Hondros/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2012 às 09h57.
Nova York - Milhões de americanos saem às compras nesta sexta-feira para a alegria dos comerciantes, que muitas vezes oferecem regalias como lanches e música ao vivo, e já deram a largada para a temporada de liquidações no país.
As lojas aproveitaram a oportunidade para abrir as portas mais cedo e atender até mais tarde, enquanto algumas se dispuseram a ficar abertas por 24 horas.
"Em vez de esperar o Dia de Ação das Graças para começar a divulgar as ofertas, muitos comerciantes preferem antecipar os preços baixos e alimentar os rumores nos meios de comunicação, sobretudo na internet", explicou o presidente da Federação Nacional do Comércio de Varejo dos Estados Unidos, Matthew Shay.
As lojas esperam um total de 138 milhões de consumidores nas ruas desta sexta-feira até domingo (cerca de 3% a mais que em 2009) e preparam-se para o dia frenético chamado de "Black Friday", realizado sempre na última sexta-feira de novembro, tradicionalmente conhecido como o início da temporada de compras para o Natal.
A data recebe este nome porque neste dia os lojistas trocam as etiquetas e começam a escrever os valores em preto.
As maiores filas são formadas nas calçadas próximas às lojas de produtos de informática por aficcionados por tecnologia e aparatos eletrônicos como Kindle e iPads.
Conscientes da oportunidade, diversas marcas atraíram clientes com campanhas promocionais na internet.
De acordo com uma pesquisa do site "Shop.org", 54,9% das empresas do país encaminharam alguma forma de publicidade por e-mail para impulsionar as vendas do dia, 39,2% delas divulgaram no Facebook, 31,4% anunciaram ofertas em seu próprio portal e 21,6% no Twitter.
Lojas de departamentos especializadas em construção e papelaria como a Home Depot e a Staples também aderiram ao "Black Friday" com a esperança de tirar proveito do dia mais rentável do ano.
"A última sexta-feira de novembro será incrível para todos os setores comerciais, inclusive para os que não costumam vender presentes natalinos", destacou o presidente da America's Research Group, Britt Beemer, quem ressaltou que a porcentagem de americanos que devem aproveitar a promoção é a mais alta dos últimos 20 anos.
"Os consumidores, entretanto, estão menos impulsivos: fizeram a tarefa de casa e pesquisaram quais são as melhores ofertas", explicou um analista do NPD Group.