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McDonald's retira propaganda "explorando" o luto no Reino Unido

Campanha publicitária, cuja distribuição começou na sexta-feira, rapidamente despertou a indignação de associações de ajuda às crianças que enfrentam o luto

McDonald's: críticas também inundaram as redes sociais, com tuítes atacando diretamente a rede de fast-food (Getty Images/Getty Images)

McDonald's: críticas também inundaram as redes sociais, com tuítes atacando diretamente a rede de fast-food (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 17 de maio de 2017 às 11h15.

O grupo McDonald's teve que suspender uma campanha publicitária no Reino Unido com um menino que perdeu o pai, depois de sofrer uma enxurrada de críticas acusando a marca de explorar o tema do luto com fins comerciais.

Na propaganda, o menino pede a sua mãe para lhe contar sobre seu pai. Enquanto a criança se esforça para encontrar nesta descrição lembranças do falecido, a conversa os leva para um restaurante McDonald's onde ele pede um sanduíche de peixe empanado.

"Esse também era o favorito do seu pai", diz sua mãe, parecendo confortar o jovem.

A campanha publicitária, cuja distribuição começou na sexta-feira, rapidamente despertou a indignação de associações de ajuda às crianças que enfrentam o luto.

"Trata-se da exploração do luto infantil", denunciou a presidente da organização Grief Encounter, Shelley Gilbert. "Recebemos um número enorme de telefonemas (...) de pais nos dizendo que seus filhos enlutados ficaram chocados".

"Tentar insinuar que uma marca pode curar todos os males com uma refeição é simplesmente insensível", insistiu, lamentando que a marca não tenha consultado uma associação especializada.

As críticas também inundaram as redes sociais, com tuítes atacando diretamente o McDonald's: "É chocante. Houve tantas notícias deprimentes nos últimos anos (Brexit, Trump, Síria), porque não publicidades sobre pais mortos", trovejou Rob Kenyon.

O grupo McDonald's não demorou a anunciar a retirada da publicidade de todas as plataformas. "Nunca foi nossa intenção perturbar ninguém", disse nesta quarta-feira à AFP um porta-voz para a marca, que também enviou no Twitter um "pedido de desculpas sem reservas".

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