Carnaval: neste ano, o discurso tem sido de responsabilidade, alerta e levanta bandeiras contra o assédio e o exagero (./Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 16h22.
Se antigamente “se jogar na folia” era praticamente a expressão oficial do Carnaval e o tom da comunicação sempre foi muito focado na descontração total, agora as marcas estão muito mais cautelosas ao se conectarem com o público nesta época do ano, mesmo que o clima seja de festa.
Aparentemente, todo o cuidado tem dois motivos básicos: em primeiro lugar, as pessoas estão mais críticas e empoderadas com as redes sociais e qualquer escorregão viraliza com facilidade.
Além disso, no passado recente, algumas campanhas geraram ruídos diversos na comunicação. Neste ano, o discurso tem sido de responsabilidade, alerta e levanta bandeiras contra o assédio e o exagero. Confira alguns dos trabalhos que vão nesta linha:
A Skol entrou em ação no Carnaval deste ano com a iniciativa #ApitoDeRespeito, que está distribuindo milhares de apitos e balões com frases de respeito para as mulheres que curtem os bloquinhos de rua em diversas cidades.
A Apple resolveu apostar em um clipe inteiramente gravado através do iPhone 7 Plus. No total, foram capturadas mais de mil imagens que destacam a diversidade, liberdade e alegria da festa de rua mais popular do país.
https://www.youtube.com/watch?v=BG-9SXdDWmE
Para deixar o carnaval com um ar mais positivo, que vai além do samba no pé e da curtição habitual, a Antarctica lançou o conceito "Coisa BOA gera coisa BOA", frase que estampa uma edição especial das latinhas. A ilustração foi criada pela AlmapBBDO.
A mensagem do Instituto Maria da Penha (IMP), que desde 2009 luta pelos direitos da mulher, ganha eco durante o Carnaval de 2017 por meio de uma ação criada pela F.biz. A iniciativa começa com o lançamento da marchinha “#NãoMexeComigo”.
A Catuaba Selvagem resolveu criar um clipe com essa temática e uma música da banda Banda Uó. A letra diz: “Beijo selvagem, mas que delícia. Mas só vou beijar, se ela deixar”. O refrão segue a mesma linha: “Geral se acaba, se joga na avenida. Eu já avisei, respeita as mina”.