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Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais
Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 16h22.
Última atualização em 27 de dezembro de 2024 às 16h40.
Uma pesquisa realizada pela plataforma Influency.me e pela Opinion Box, com 900 profissionais do mercado de influência, dentre os quais 21% são influenciadores, aponta que a maior parte dos criadores de conteúdo recebe entre R$ 500 e R$ 2 mil por mês.
O levantamento destaca uma melhora na remuneração média da categoria em relação ao ano anterior, quando 40% dos influenciadores recebiam até R$ 500 mensais.
“Realizamos essa pesquisa anualmente para entender o mercado de influência, suas mudanças e novidades. A análise deste ano aponta um crescimento na renda dos influenciadores, mas ainda não é suficiente para que a maior parte desses profissionais trabalhe somente nesse segmento”, diz Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.
Segundo o levantamento, o valor médio recebido em 2024 pelos influenciadores, mensalmente, é de:
Em 2023, 41% dos influenciadores recebiam até R$ 500 por mês. Em 2024, esse índice caiu para 27,1%, com aumento proporcional em todas as demais faixas de renda. Ainda assim, apenas 25,6% dos influenciadores conseguem viver exclusivamente dessa atividade — número inferior ao registrado no ano anterior (30%).
Os demais influenciadores se dividem entre a influência e outras atividades remuneradas, como atividades freelancer (20.6%), trabalho CLT (19.6%), venda de infoprodutos ou como afiliados (16.6%), tendo sua própria marca (8%) e outras atividades diversas (9.5%).
“Destacar-se em meio à multidão tem sido cada vez mais difícil e nos remete a uma das principais tendências para 2025: a ‘hiperprofissionalização’ da influência digital. Ou seja, não basta produzir conteúdo; é preciso produzir com excelência e de forma a encantar o público”, explica o CEO da Influency.me.
A pesquisa também abordou a percepção sobre a influência digital como profissão. Para 93% dos influenciadores e 89,5% de seus assessores, essa atividade já é considerada uma profissão.
No entanto, para muitos, a ausência de regulamentação é um ponto de atenção: 78% dos influenciadores e 75% dos assessores acreditam que o setor deveria ser regulamentado.
Embora o Conar emita orientações sobre a atuação de influenciadores, essas diretrizes não têm força de lei. Azevedo reforça a incerteza do segmento: “O influenciador digital pode ter altos e baixos. Enquanto alguns conseguem receitas publicitárias relevantes todos os meses, outros enfrentam dificuldades. O nível de profissionalismo é um dos fatores determinantes para o sucesso”.