Escritório do PicPay em São Paulo. Jovens conseguem doações espontâneas pela plataforma (Rogério Cassimiro/Divulgação)
Marina Filippe
Publicado em 3 de julho de 2020 às 09h38.
Última atualização em 3 de julho de 2020 às 12h35.
A plataforma de pagamento digital PicPay se torna cada vez mais conhecida pelos brasileiros após patrocinar lives de grandes artistas e o Big Brother Brasil deste ano.
Nas lives, por exemplo, por meio de um QR Code é possível doar qualquer quantia para as organizações parceiras do evento. Algumas pessoas, porém, têm usado a estratégia para conseguir doações para si próprias ou para outras pessoas físicas.
Um exemplo veio da ilustradora Rayssa da Penha que, em junho, publicou no seu Twitter a seguinte mensagem: “A carinha // O código do PicPay Apoie um artista se tiver afim”, com uma foto sua e uma foto do QR Code. A publicação teve mais de cinco mil curtidas e 1,2 compartilhamentos, inclusive de outras pessoas que fizeram o mesmo. (Veja abaixo).
“Eu havia baixado o PicPay há uma semana para pagar o presente de aniversário do meu irmão, mas vi no aplicativo uma forma de conseguir ajuda”, diz. Segundo ela, a pandemia e outros fatores pessoais afetam a demanda dos seus trabalhos como ilustradora.
Com a iniciativa, a artista conseguiu 900 reais. “Meu objetivo era apenas pagar um mês de terapia, então a maior parte do valor repassei para outros artistas que entraram na corrente”, afirma.
Segundo Armando Areias, chefe de marketing do PicPay, tem se tornado comum que as pessoas físicas consigam doações espontâneas. “Elas têm visto o trabalho que fazemos com as ONGs e utilizam seus códigos de forma semelhante”.
Nas mais de 120 lives oficialmente patrocinadas pela empresa, o dinheiro vai diretamente para a organização beneficiada. Na live da dupla Sandy e Junior, por exemplo, 1,8 milhão de reais foram arrecadados. Na de Chitãozinho e Xororó foram 1,7 milhão de reais.
A empresa de pagamentos também disponibilizou um site para que lives não oficiais gerem seus códigos de pagamento e o exibam na tela.
Com a ação da ilustradora Da Penha, o artista Anderson Awvas arrecadou cerca de 200 reais. “É uma forma de conseguir ajuda, já que meu faturamento caiu em torno de 60% na pandemia”, diz. A trancista Jully Victorino arrecadou cerca de 70 reais, o valor porém, é inferior ao preço do seu serviço, em média de 160 a 240 reais. “Estava sem esperança de conseguir algo, então já vi um resultado positivo”, diz.
Desde o início da pandemia, e também dos anúncios no Big Brother Brasil, o PicPay conquistou 8 milhões do 24 milhões de usuários atuais e bateu a meta do ano em captação.
A carinha // O código do PicPay
Apoie um artista se tiver afim. pic.twitter.com/orklsigNGY— Imani da Penha (@dapenhaaqui) June 3, 2020