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Johnnie Walker processa cachaça mineira João Andante por plágio

A bebida brasileira foi criada há três anos e é produzida de forma quase artesanal num alambique em Belo Horizonte

O volume de vendas da João Andante (tradução literal de Johnnie Walker) é de 200 garrafas por mês, segundo os proprietários da marca (Divulgação)

O volume de vendas da João Andante (tradução literal de Johnnie Walker) é de 200 garrafas por mês, segundo os proprietários da marca (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 21h03.

Rio de Janeiro - A multinacional Diageo, proprietária da Johnnie Walker, abriu processo por plágio contra a marca de cachaça mineira João Andante.

A bebida brasileira foi criada há três anos e é produzida de forma quase artesanal num alambique em Belo Horizonte. O volume de vendas da João Andante (tradução literal de Johnnie Walker) é de 200 garrafas por mês, segundo os proprietários da marca.

As duas bebidas têm em seu rótulo a figura de um homem caminhando, embora de estilos bem diferentes. O logotipo da cachaça retrata um homem de aspecto esfarrapado, barba comprida, de chapéu caipira, segurando um pequeno graveto na boca e carregando uma trouxa no ombro.

Já o logotipo do uísque representa um autêntico lorde, de ar aristocrático, vestido com cartola, fraque, botas finas e segurando um bastão.

Uma garrafa da cachaça mineira é vendida na internet por R$ 40. Já um exemplar de Red Label, a marca mais popular da Johnnie Walker, sai por cerca de R$ 80.

Um representante do Instituto Nacional de Produção Industrial do Brasil (INPI) explicou nesta sexta-feira à Agência Efe que concedeu o registro da cachaça em maio de 2010, e confirmou ter recebido o pedido de anulação da Diageo.

O INPI informou que uma comissão técnica vai avaliar se houve erro na hora da concessão da licença.

A Johnnie Walker também pode apresentar uma denúncia contra a cachaça brasileira na justiça comum. O INPI não divulgou uma data para se pronunciar sobre o assunto.

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