São Paulo - Começa hoje (13), no Brasil, uma nova fase do Instagram que promete deixar muitos usuários irritados e decepcionados.
A rede social agora terá anúncios inseridos no meio do feed de fotos.
Serão vídeos de 15 segundos (o máximo que a rede social permite para qualquer conteúdo em vídeo) marcados com a palavra "Patrocinado".
O Brasil interessa ao Instagram para vender anúncios porque é a sua segunda maior comunidade no mundo, só atrás dos EUA.
Desde novembro de 2014, os usuários americanos já eram obrigados a conviver com as publicidades em suas contas.
Assim como nos EUA, o Instagram seguirá no Brasil diretrizes um tanto diferentes, controlando o conteúdo anunciado e exigindo vídeos exclusivos que "entretenham" e tenham a cara da rede social.
Ou seja, não poderão ser somente uma cópia de um comercial televisivo da empresa ou um comercial tradicional: a ideia é que o conteúdo, por mais que seja um comercial, tenha valor para o feed do usuário - tudo para não irritá-lo tanto.
Apesar dessa boa vontade, muitos brasileiros estão reclamando da novidade e "culpando" Mark Zuckerberg pela novidade, já que o criador do Facebook comprou o Instagram em abril de 2012.
Por aqui, as agências Africa, Almap, CuboCC, DM9DDB, F.biz, JWT e Wieden+Kennedy foram chamadas para essa parceria e serão responsáveis pelas propagandas do próximo trimestre.
Entre as marcas que serão anunciadas, estão Avon, CloseUp, Coca-Cola, Mitsubishi, Mondelez, Visa, Vivo e Volkswagen.
Os usuários poderão clicar na opção "esconder anúncio" quando um deles aparecer e também comentá-lo, como um post normal.
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1. Questão de sobrevivência
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São Paulo - Uma
marca nasce com um belo nome. E ele parece perfeito. Mas as décadas passam. As pessoas mudam, o mundo muda. De repente, aquele nome tão ajustado ganha um novo significado terrível ou totalmente fora de seu tempo. É preciso mudar - e rápido. Ser obrigado a mudar nome, identidade visual e personalidade é um passo drástico e complicado para qualquer marca e empresa. Em geral, as companhias são aconselhadas a evitarem ao máximo essas mudanças. Uma pesquisa britânica da MillwardBrown descobriu que marcas que mudam seus nomes devem esperar por uma queda imediata nas vendas, entre 5% e 20% certamente. Somente com o tempo a nova identidade pode se fortalecer e entrar na mente das pessoas.
Confira, na galeria de imagens, exemplos de marcas que foram obrigadas a mudar de nome.
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2. 1. Ayds
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Marca: Ayds
O que aconteceu: A marca americana de doces dietéticos tinha um nome comum até 1981, quando a Aids foi descoberta. Eles não se importaram muito com o fato até 1987, quando a epidemia já era gritante e o nome Aids já era mundialmente famoso - e odiado. A empresa mudou o nome da marca para Diet Ayds, mas não adiantou muito coisa. O doce acabou desaparecendo do mercado.
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3. 2. ISIS
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Marca: ISIS O que aconteceu: A marca belga de chocolate se chamava, originalmente, Italo Suisse. Em 2013, decidiu mudar de nome e escolheu o aparentemente inocente ISIS. A festa durou pouco. Em 2014, o grupo terrorista ISIS (Estado Islâmico) emergiu, se tornou mundialmente famoso e foi impossível de manter o nome. Da ideia original, só sobrou a coroa: a marca mudou para Libeert.
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4. 3. Hot Mama
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Marca: Hot Mama O que aconteceu: A marca de roupas Hot Mama foi fundada em Minnesota por um casal e logo se tornou uma cadeia com 48 lojas. Mas os donos sempre enfrentaram problemas: os clientes achavam que era uma loja voltada para a maternidade. E mais: muita gente maliciosa ligava o nome da loja à pornografia (basta pesquisar "Hot Mama" no Google para entender a confusão). A marca acabou mudando para Evereve.
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5. 4. Sci Fi Channel
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Marca: Sci Fi Channel O que aconteceu: Em 2009, a NBC-Universal decidiu mudar o seu canal Sci Fi Channel. Para os executivos, o nome já estava antigo e não pareceria mais tão "futurístico". A mudança foi inteligente: de Sci Fi para Syfy. Assim, eles fizeram com que a pronúncia fosse a mesma e pouco mudasse. A diferença é que agora eles poderiam ter o copyright do nome - Sci Fi, uma abreviação de Science Fiction, não podia ser comprado.
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6. Bônus: Malaysia Airlines
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6/7 (Wikimedia/Laurent ERRERA)
Marca: Malaysia Airlines O que pode acontecer: Quem foi obrigado a repensar seu nome foi a companhia aérea Malaysia Airlines - que se viu envolvida em duas tragédias em poucos meses. Primeiro, o voo MH370 que desapareceu em março de 2014. Depois, em julho, o voo MH17 que foi abatido por um míssil na Ucrânia. Com o nome da companhia tão ligado às tragédias e ao medo de acidentes de avião, os executivos já pensam em mudar tudo. O CEO Christoph Mueller quer, até 2017, gastar 1,7 bilhão de dólares na reestruturação da companhia - e isso poderia incluir a mudança total do nome e identidade visual.
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7. Agora confira os casos de garotos-propaganda que não consomem o que vendem
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