Fazer um filme publicitário na Acrópole vai custar cerca de € 1600 (Louisa Gouliamaki/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 18h41.
Atenas - A Grécia decidiu autorizar a exploração publicitária de suas prestigiosas ruínas, a começar pela Acrópole - uma iniciativa considerada sacrílega pelos arqueólogos, informou nesta terça-feira o ministério da Cultura.
A decisão foi tomada no momento em que o país, endividado, tenta buscar alternativas para voltar a encher seus cofres vazios, inscrevendo-se numa série de dispositivos voltados para facilitar o acesso ao patrimônio do país e a melhor garantir sua promoção, informou o ministério.
O dinheiro gerado deverá retornar aos sítios arqueológicos para sua vigilância e manutenção.
A exploração comercial das ruínas cabia, até agora, ao Conselho central de Arqueologia (KAS), muito preocupado com a proteção do patrimônio.
Em décadas, alguns raros escolhidos, entre eles a cineasta greco-canadense Nia Vardalos e o americano Francis Ford Coppola puderam filmar na Acropole, enquanto que filmagens ou fotografias publicitárias era excluídas.
Uma circular ministerial datando do final de dezembro fixa, agora, as regras do jogo para a alocação desses tesouros arqueológicos, ao preço, por exemplo, de 1.600 euros para uma filmagem profissional na Acrópole.
O ministério destaca, no entanto, que essa situação está submetida a uma série de condições, num país muito orgulhoso de seu patrimônio, e que teme que suas riquezas históricas e naturais possam ser leiloadas pelos credores, como a UE e o FMI.
"Aluga-se o Partenon" diz a manchete da edição desta terça-feira do jornal popular de direita Elefthéros Typos.