Marketing

Gráficas preveem crescimento de até 30% em 2010

Copa do Mundo e ousadia de clientes impulsionaram o faturamento no 1º semestre

As gráficas que atendem exclusivamente empresas de comunicação afirmam que estão otimistas, prevendo um crescimento de 30% para 2010 (.)

As gráficas que atendem exclusivamente empresas de comunicação afirmam que estão otimistas, prevendo um crescimento de 30% para 2010 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2010 às 15h58.

São Paulo - Saber enfrentar as adversidades econômicas e tecnológicas são constantes no mercado de comunicação. E saber superá-las significa fincar suas propostas e solidificar sua marca nesse meio ultracompetitivo. E com as indústrias gráficas, que atendem anunciantes e agências publicitárias, não é diferente.

Sabe-se que a crise econômica mundial afetou todos os setores da economia. De acordo com a Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), a indústria gráfica brasileira, constituída por cerca de 19 mil empresas e empregadora de aproximadamente 220 mil pessoas, encerrou 2009 com queda de 1,6% na produção física de produtos, medidos em volume de papel impresso. O resultado decorre de queda de 20,9% na produção de cadernos e 0,6% na de embalagens impressas e de incremento de 5,3% na área de impressos editoriais e 3,9% na produção de impressos comerciais.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de janeiro a dezembro de 2009 as exportações brasileiras de produtos gráficos totalizaram US$ 220,21 milhões, representando queda de 13,9% em comparação com o ano anterior. As importações foram de US$ 297,78 milhões, o que significa redução de 19,5%. Todos esses dados são do setor em geral. Mesmo assim, as gráficas que atendem exclusivamente empresas de comunicação afirmam que seu crescimento foi impactado, mas que superaram e hoje estão otimistas, prevendo um crescimento de 30% para 2010.

A Laborprint, por exemplo, teve um crescimento em 2009 de 7% superior ao de 2008. E para 2010, a expectativa é de crescer 30% em relação ao ano passado. "O ano de 2010 tem sido excelente para a Laborprint. A Copa do Mundo também ajudou a aquecer o mercado. Fechamos contratos a longo prazo com grandes clientes para o fornecimento de malas diretas", afirma Pedro Henrique Camiloti, diretor de marketing e vendas da Laborprint.

A Burti teve um crescimento além do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009 e este ano o crescimento é positivo. "Em 2010, o cliente voltou a ter prazer em ousar sem medo de errar. Para isso, temos que ter agilidade, preço, criatividade e qualidade", diz Leandro Burti, vice-presidente executivo da Burti. A empresa está tão otimista que acaba de abrir sua quinta unidade de negócios chamada BurtiPix. As atividades da unidade, que surgiu a partir da compra da Afinitat Digital, envolvem criação e produção de campanhas para a internet.


A Stilgraf "não cresceu nada" em 2009, como ressalta Antônio Sérgio Franco, diretor-presidente da Stilgraf. "Nosso faturamento foi de R$ 100 milhões, igual a 2008. Este ano esperamos crescer 10%. A Copa do Mundo deu uma aquecida nos negócios e nosso faturamento deve ser de R$ 110 milhões", comenta Franco. Para ressaltar seu trabalho, a Pancrom, gráfica que iniciou suas operações em 1945, começou a veicular no ano passado a campanha "A gente é o que a gente imprime", criada pela Fess'Kobbi.

Internet auxilia desenvolvimento

Inovar nos serviços é sempre uma boa saída para se sobressair no mercado de comunicação. E as gráficas, atentas às novidades do setor, aliaram-se ao meio digital para incrementar seu trabalho.

A Burti, por exemplo, acaba de criar um aplicativo para o iPhone. O Via!Burti, nome do software, envia arquivos a veículos de comunicação e já está disponível na App Store para download gratuito. Com o aplicativo é possível acompanhar o status de anúncios, fazer o preview, liberar e agendar veiculações, além de visualizar confirmações de recebimento e, até mesmo, solicitar a produção de provas. "Eu vejo o digital como uma oportunidade. Tanto é que fizemos esse aplicativo para o iPhone no qual o cliente pode ver os anúncios e fazer alterações pelo celular", explica Leandro Burti, vice-presidente executivo da Burti. O executivo afirma que a internet não é uma ameaça para o papel. "O papel está mais sensorial e este é o diferencial em relação à tela do computador. As mídias se complementam. Essa é a inteligência que se deve ter", afirma Burti.

A Stilgraf, que fará um investimento na empresa de € 2 milhões neste ano, também procura enxergar a internet como um suporte para seu trabalho e não como um concorrente. "O mercado gráfico dá suporte para todos os jobs promocionais e a internet ajuda na sua realização", fala Antônio Sérgio Franco, diretor-presidente da Stilgraf. Franco também diz que os avanços tecnológicos refletem nas criações publicitárias. "É uma mudança muito grande. As agências criam peças mais elaboradas e o produto fica mais atrativo".

A Laborprint possui uma unidade chamada Labor.Direct, na qual recebe com segurança todo o material, trata e manipula os bancos de dados, além de ter soft-wares novos. "As mídias digitais estão crescendo, mas não substituem a mídia impressa. Uma mala direta customizada, com conteúdos exclusivos para cada cliente, agrega grande valor ao produto, atinge um número muito maior de clientes e oferece um retorno superior comparado à mídia digital", diz Pedro Henrique Camiloti, diretor de marketing e vendas da Laborprint.


Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEsportesestrategias-de-marketingFutebolInternetServiços online

Mais de Marketing

Burger King e Mari Maria lançam glosses com aromas inspirados em itens do cardápio

Casa da Asics em São Paulo já realizou mais de 20 mil encontros com corredores

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?