Vivo: comercial com Murilo Benício foi parar no Conar (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2012 às 20h49.
São Paulo - A rede Globo ingressou com uma representação no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) contra o comercial da Vivo, criado pelas agências VML e Y&R, do grupo Newcomm.
De acordo com o Conar, a emissora questionou a violação de direitos autorais na peça publicitária, que mostrava o ator Murilo Benício interpretando o personagem Tufão, da novela Avenida Brasil. Conforme o próprio grupo Newcomm admitiu, o comercial foi filmado e veiculado na internet sem a autorização da Globo.
Embora o vídeo tenha sido tirado do ar assim que a Globo acionou as agências, o Conar emitiu uma decisão liminar que proíbe a peça de ser exibida novamente até que o processo seja julgado, o que deve acontecer até o fim de novembro.
Além disso, a decisão liminar emitida pelo Conar pode dar pistas sobre o desenrolar do caso na entidade. Ao fim do processo, não está descartada, além da sustação da campanha - o que já aconteceu por iniciativa da VML e da Y&R -, uma advertência às agências e à Vivo.
"Mesmo que as agências tenham admitido o erro publicamente e retirado voluntariamente o vídeo do ar, o processo continua aberto, e o caso vai a julgamento", afirmou o Conar por meio de sua assessoria de imprensa.
Na última semana, Roberto Justus, CEO do Grupo Newcomm, assumiu publicamente o erro das agências da holding. Segundo a assessoria de comunicação da empresa, Justus se retratou pessoalmente perante a rede Globo.
O caso
Publicado no perfil da Vivo no YouTube, o web filme da Vivo foi exibido por cerca de 18 horas entre a segunda-feira, dia 8, e a terça, dia 9, viralizando rapidamente. O vídeo foi retirado do ar pelas agências e pela Vivo a pedido da Globo, que não foi consultada sobre o uso de um personagem de sua propriedade em uma campanha publicitária.
Na última quinta-feira, a rede havia divulgado um comunicado oficial em que considerou o caso "gravíssimo", classificando a ação como "marketing de emboscada". Além das notificações e de ir ao Conar - o que já aconteceu -, a emissora afirmou na ocasião que estuda "uma ação de perdas e danos causados em razão da violação de seus direitos”.