Marketing

GE lança termômetro de inovação

Estudo procura analisar percepções de mil líderes de negócios globais em torno dos desafios que envolvem a inovação

GE: pesquisa analisa a inovação com dinâmica multicultural (Justin Sullivan/Getty Images)

GE: pesquisa analisa a inovação com dinâmica multicultural (Justin Sullivan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 18h36.

São Paulo - A GE lançou na quarta-feira (26), durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, o Innovation Barometer da GE, uma pesquisa independente com mil líderes de negócios de 12 países.

Conduzido pela StrategyOne, o estudo procura analisar as percepções de líderes de negócios globais em torno dos desafios que envolvem a inovação e o seu propósito, considerando uma visão multicultural.

Entre os países pesquisados estão Brasil, China, Índia, Arábia Saudita, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Coréia do Sul, Japão e Israel. 

Adicionalmente, a pesquisa pretende contribuir para encorajar as discussões sobre o tema globalmente, fornecer insights sobre os fatores que direcionam e/ou impedem a inovação e identificar melhores práticas.

Brasil, Índia, China e Arábia Saudita apresentaram as expectativas mais consistentes relacionando inovação e economia verde. 98% dos brasileiros acreditam que a inovação é o principal fator direcionador de uma economia mais verde, e 99% afirmaram que a inovação tornará o país mais competitivo.

Dentre os pesquisados, o Brasil foi um dos países mais otimistas em relação ao futuro da inovação, com 82% dos executivos apresentando um índice satisfatório de confiança.

Dentre as descobertas do Innovation Barometer, ficou a percepção de que 88% dos entrevistados disseram que a inovação é o melhor caminho para criação de novos postos de trabalho em seus países; o Brasil ficou dez pontos acima desta média, com 98% dos entrevistados concordando com esta afirmativa.

Além disso, 84% acreditam que as Parcerias Público-Privadas são essenciais no desenvolvimento da inovação; no Brasil, este número ficou acima da média global em cinco pontos percentuais, chegando a 89%. Adicionalmente, 80% dos entrevistados no Brasil consideram as PPPs efetivas para o suporte à inovação, enquanto a média global foi de 68%.

Outro ponto é que 96% dos executivos de companhias no Brasil afirmaram que a inovação deve ser localizada, para atender às necessidades de seus mercados, 20 pontos percentuais acima da média global. Na outra ponta do ranking estão os executivos japoneses: apenas 50% concordam com essa afirmação.

86% dos executivos globais acreditam que as inovações do século XXI são aquelas que agregam valor à sociedade como um todo, e não apenas aos consumidores e cidadãos individualmente, ressaltando a importância de programas consistentes de responsabilidade social corporativa.

Globalmente, 62% dos executivos entrevistados acreditam que as medidas de proteção de patentes e direitos autorais são efetivas em seus países. No Brasil, 53% dos entrevistados discordam desta afirmação. Enquanto isso, 64% dos executivos globais acreditam que suas universidades e modelos educacionais locais são efetivos para a formação de líderes que promoverão a inovação no futuro. O nível de brasileiros que concorda com esta afirmação ficou oito pontos abaixo da média global. Já na Coreia do Sul, 96% confiam no modelo educacional de seu país.

A maioria dos brasileiros afirmou que, nos últimos cinco anos, o suporte do governo e os investimentos público-privados foram os principais fatores que contribuíram para a inovação no país.

Inovação

O Innovation Barometer também avaliou quais os principais países que lideram globalmente em inovação. Estados Unidos, Alemanha e Japão (com 63%, 44% e 43%, respectivamente) foram os países mais citados. China, Israel, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Estados Unidos são os mais satisfeitos com o ambiente inovador atual de seus países.

No outro extremo estão Brasil, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Suécia, como os menos satisfeitos. Similarmente, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Brasil e Índia são os mais otimistas em relação ao futuro da inovação.

“O estudo da GE fornece um suporte de alto nível para a inovação, já que existe um consenso claro de que a inovação é um forte catalisador para a prosperidade e sustentabilidade econômica. O termômetro também aponta a importância das parcerias colaborativas como fator-chave em inovações futuras”, afirma Beth Comstock, CMO Global da GE, durante lançamento do estudo em Davos.

Para o Brasil, o estudo aponta insights importantes como a alta confiança em parcerias público-privadas para alavancar um ambiente inovador, o uso de tecnologias inovadoras como resposta para melhorar a qualidade da distribuição de energia e para desenvolvimento de soluções de saúde que permitam um melhor cuidado com a população mais idosa.

A maioria dos executivos brasileiros acredita que o desenvolvimento de talentos - e funcionários mais criativos, a expertise técnica e investimentos provenientes de autoridades públicas são os três principais fatores para direcionar a inovação. 

“Além disso, a pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros acredita na localização da inovação para suprir os gargalos do país, e essa afirmação vai ao encontro da natureza do Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil, já que nosso objetivo é promover pesquisa e desenvolvimento de soluções – junto ao governo, clientes e parceiros – para as necessidades em infraestrutura do País, utilizando a inovação para promover uma economia local mais sustentável”, ressaltou João Geraldo Ferreira, presidente e CEO da GE para o Brasil.

Acompanhe tudo sobre:DavosEmpresasEmpresas americanasGE - General ElectricInovaçãoMarcasPesquisa e desenvolvimento

Mais de Marketing

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?

Creamy, marca de skincare, expande portfólio e entra no mercado de perfumes

O que é preciso para ser um CMO nos dias de hoje? Philip Kotler responde à EXAME