Marketing

#FreteAbusivoNão movimenta redes sociais de grandes varejistas

Marcas como Mercado Livre e Netshoes protestaram contra aumento previsto pelos Correios

Funcionário do Correio durante a entrega de encomendas no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

Funcionário do Correio durante a entrega de encomendas no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 2 de março de 2018 às 12h17.

Os Correios recentemente anunciaram o reajuste no valor do frete. A partir do próximo dia 6, objetos portados entre capitais brasileiras e nas esferas locais e estaduais ficarão 8% mais caros. Diante de rumores e insatisfação, o Mercado Livre criou o movimento #FreteAbusivoNão. A Netshoes aderiu ao movimento com um manifesto que você pode conferir aqui. A união das duas empresas vem para protestar contra o aumento, que segundo elas, pode chegar a 51% nas vendas pelo comércio eletrônico.

Para Graciela Kumruian, COO da Netshoes, a medida é incabível ao se falar do desenvolvimento do e-commerce brasileiro. De acordo com Kumruian: “Além do impacto direto no bolso do consumidor, é uma decisão antidemocrática, pois limita consideravelmente o acesso de regiões mais periféricas do país, uma vez que o custo maior será para os clientes presentes em regiões mais distantes da capital”, afirma.

Segundo o Mercado Livre, este aumento dos valores de frete atinge tanto o vendedor quanto o comprador. “Além de ser abusivo quando comparado com o índice de inflação, que fechou em 3%, não é justo que milhares de vendedores que dependem do marketplace como sua principal fonte de renda e milhões de consumidores, principalmente os que moram em áreas mais distantes dos grandes centros, paguem pela ineficiência dos Correios”, destaca Leandro Soares, diretor de Mercado Envios para a América Latina.

Nas redes sociais

A adesão da Netshoes à campanha em conjunto com o Mercado Livre provocou interação entre as marcas nas redes sociais e grande engajamento dos seguidores das duas empresas.

De maneira orgânica, o post da Netshoes a respeito do #FreteAbusivoNão no Instagram, por exemplo, já conta com mais de 3,6 mil curtidas e mais de 130 comentários, enquanto o Facebook mobilizou milhares de usuários: são quase 1 mil likes, mais de 160 compartilhamentos e mais de 100 comentários.

Já o Mercado Livre, em seu post inicial sobre a campanha – publicado no último dia 27 – também teve grande impacto, sobretudo no Facebook. São mais de 20 mil curtidas, compartilhamento superior a 35 mil e quase 3 mil comentários.

Nesta última quarta-feira, após a Netshoes divulgar pelas suas redes sociais a participação no movimento, o COO do Mercado Livre, Stelleo Tolda, publicou uma mensagem no Twitter reforçando a parceria com a Netshoes nesta causa. Os perfis do marketplace e do grupo de e-commerce também interagiram na rede social.

Do outro lado, os Correios publicaram uma nota de esclarecimento salientando pontos que a empresa julga partirem de uma “falsa premissa” que compara o preço de frete praticado no Brasil com os países vizinhos, “como faz a nota [do Mercado Livre]”. A nota teve 7.058 compartilhamentos, 25 mil comentários e 17 mil reações.

Conteúdo publicado originalmente no site AdNews.

Acompanhe tudo sobre:ConsumidoresCorreiosMercado LivreNetshoesPolêmicasVarejo

Mais de Marketing

Burger King e Mari Maria lançam glosses com aromas inspirados em itens do cardápio

Casa da Asics em São Paulo já realizou mais de 20 mil encontros com corredores

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?