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Fim da UX? A nova realidade das marcas na era dos agentes de IA

O desafio das marcas na era da IA mediadora: não basta ser encontrável, é preciso existir dentro dos algoritmos

Interfaces complexas, menus elaborados e designs visuais sofisticados dão lugar à simplicidade absoluta da interação mediada por inteligência artificial ( FamilyStock/Envato)

Interfaces complexas, menus elaborados e designs visuais sofisticados dão lugar à simplicidade absoluta da interação mediada por inteligência artificial ( FamilyStock/Envato)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 6 de abril de 2025 às 16h00.

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*Por Cesar Sponchiado

Na recente palestra no SXSW 2025, John Maeda apresentou o conceito do fim das interfaces tradicionais, apontando que entramos definitivamente na era da agentic experience.

Agora, interfaces complexas, menus elaborados e designs visuais sofisticados dão lugar à simplicidade absoluta da interação mediada por inteligência artificial. Para os CMOs, a provocação é imediata: como sua marca sobreviverá quando o consumidor não precisar mais navegar?

Esse conceito foi reforçado pela chegada do chamado LEO (LLM Engine Optimization), termo que encapsula um novo paradigma onde não é mais suficiente ranquear com palavras-chave. Com isso, não basta aparecer nas buscas tradicionais—marcas agora precisam existir dentro dos modelos de IA para permanecer relevantes.

Mas o impacto dessa revolução vai muito além da busca. A ascensão das experiências mediadas por agentes de IA cria um ambiente onde as marcas são julgadas exclusivamente pela qualidade e relevância das respostas fornecidas.

Agora, quando o consumidor faz uma solicitação, a IA entrega a resposta diretamente ou realiza ações concretas, como compras e reservas, dispensando sites ou aplicativos tradicionais. Nesse cenário, as marcas que não se integrarem rapidamente a esse novo ecossistema correm o risco de perder presença e relevância.

Esse fenômeno redefine totalmente o conceito de branding e posicionamento. Marcas precisarão investir estrategicamente em integração com os algoritmos de IA, cuidando para que sejam reconhecidas como fontes confiáveis e relevantes nas respostas geradas por essas inteligências artificiais.

Além disso, torna-se fundamental compreender o papel estratégico dos prompts, ou seja, a forma como as marcas são mencionadas nas interações com a IA. A maneira como uma marca é representada ou evocada será tão importante quanto o conteúdo que ela oferece.

Portanto, para os CMOs, este é o momento crucial para repensar estratégias, garantindo que suas marcas estejam prontas para prosperar na era da agentic experience, onde a interface deixa de existir e a relevância é determinada diretamente pela IA.

  • *Por Cesar Sponchiado é Ceo da Tunad
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