Fifa: de acordo com o site da Fifa, cerca de 93% da renda da entidade, durante o período de 2007 a 2010, sairam de receitas relacionadas a eventos (Harold Cunningham/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 18h10.
Rio de Janeiro – A Federação Internacional de Futebol (Fifa) apresentou hoje (27) na capital fluminense o programa de proteção às marcas patrocinadoras da Copa do Mundo de 2014, que será realizada em junho no Brasil.
O objetivo é evitar que empresas não patrocinadoras se apropriem dos direitos comerciais e de marketing da entidade durante a competição.
De acordo com o líder do grupo de proteção às marcas da Fifa, Auke-Jan Bossenbroek, as empresas que não são parceiras procuram se beneficiar do enorme interesse e da grande visibilidade da Copa do Mundo para divulgar um produto ou serviço por meio de uma associação comercial não autorizada, conhecida como marketing de emboscada.
"Essas atividades de marketing não autorizadas podem ser diretas ou indiretas. A direta acontece quando uma marca tenta se vincular diretamente ao evento, seja por meio de anúncios comerciais ou de promoções, como a distribuição de ingressos, o uso das denominações da competição, entre outros. A associação indireta busca obter uma associação com o evento sem estabelecer um vínculo direto, muitas vezes pela implementação de campanhas criativas que visem a estabelecer ligação com a competição",explicou Bossenbroek.
Segundo consultor do departamento Jurídico da Fifa no Brasil, Vicent Rosenfeld, durante os jogos da Copa haverá uma área de restrição comercial no entorno dos estádios e dos locais oficiais do evento, onde será proibida a circulação de trabalhadores informais, cambistas e práticas de marketing de emboscada.
"Estamos aqui para esclarecer algumas questões em relação ao programa de proteção às marcas da Fifa. "Os comerciantes regulares localizados no entorno do estádio poderão vender seus produtos normalmente, inclusive de empresas concorrentes. Os torcedores poderão consumir o que quiserem. O que nos preocupa são as atividades orquestradas com o objetivo de promover marcas que não sejam parceiras da Fifa", disse.
De acordo com o site da Fifa, cerca de 93% da renda da entidade, durante o período de 2007 a 2010, sairam de receitas relacionadas a eventos.
O maior foi o que teve maior arrecadação: a Copa da África do Sul 2010, que atingiu US$ 2,408 bilhões dos US$ 2,448 bilhões obtidos pela Fifa por meio da venda de direitos televisivos, e US$ 1,072 bilhão de US$ 1,097 bilhão de direitos de marketing.