Exposição Misfits - Inadaptados: com smartphone e QR code, visitantes poderão "curtir" obras em tempo real (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2013 às 12h52.
São Paulo - Já imaginou se você pudesse usar o recurso “Curtir” do Facebook na vida real? O Social4Real, aplicativo desenvolvido pela Social Agency, dá este poder ao usuário, conectando estabelecimentos físicos às redes sociais em tempo real.
Sua primeira demonstração pública acontece a partir da próxima quinta-feira, 21 de julho, durante a exposição “Misfits - Inadaptados”, do artista plástico Carlos Pompeu, que fica em cartaz na galeria QAZ Street Art, em São Paulo, até 7 de agosto.
A mostra apresenta pinturas a óleo de rostos de reis, rainhas, príncipes e princesas africanos. Inspirado em "Espelhos - uma história quase universal", do escritor Eduardo Galeano, Pompeu recriou fisionomias a partir de imagens observadas em seu cotidiano, em ilustrações de livros, e até mesmo extraídas de avatares na internet, utilizando tinta branca sobre tela negra e tinta a óleo, carvão e grafite sobre papel.
Os visitantes que estiverem com smartphones no local poderão “Curtir”, pessoalmente, algumas obras, e reproduzir sua seleção nas redes sociais.
O procedimento é simples: ao lado de cada pintura, haverá um QR code (um código, gerado pelo aplicativo Social4Real, que pode ser lido por este tipo de aparelho).
Basta que o convidado aproxime seu smartphone do QR Code associado à sua obra predileta e o aplicativo publica, automaticamente, uma mensagem em seu perfil do Facebook ou do Twitter, informando que ele esteve na exposição e que elegeu aquela arte como uma de suas favoritas.
Caso o visitante não esteja logado em sua página nas redes sociais, será preciso apenas inserir login e senha para que o Social4Real reconheça sua identificação.
Entre os destaques da exposição, está a pintura do rosto de uma pessoa negra, visualizado através de riscos brancos sobre um fundo preto.
Na verdade, trata-se de uma ilusão de ótica, já que na técnica serigráfica utilizada por Pompeu o processo foi exatamente o contrário: tinta preta foi aplicada sobre papel branco.
Segundo o artista plástico, suas obras revelam outro olhar sobre homens e mulheres expatriados contra a vontade.
“Imagine que eram professores universitários, reis e rainhas e foram trazidos para trabalhar no Brasil. Essa é uma visão bem distinta da atual, que retrata nossos ancestrais africanos apenas como tribos dispersas em uma guerra entre si” conta o Pompeu.