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Etanol de cana e de milho disputam publicidade nos EUA

O trabalho inclui um novo website e anúncios em veículos online, impressos e em rádio, além da presença na Fórmula Indy

A exemplo de outros tipos de etanol, como o de milho produzido nos EUA, o de cana pode ser misturado à gasolina

A exemplo de outros tipos de etanol, como o de milho produzido nos EUA, o de cana pode ser misturado à gasolina

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 08h45.

A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) iniciou hoje uma campanha nacional de conscientização nos Estados Unidos, para mostrar aos americanos os benefícios do etanol produzido a partir da cana. O trabalho, de cunho educacional, inclui um novo website - www.sweeteralternative.com - e anúncios em veículos online, impressos e em rádio, além de utilizar a presença da Unica no âmbito da Fórmula Indy, que realiza a maioria de suas corridas nos Estados Unidos e tem a Unica como fornecedora oficial de combustíveis. A campanha teve início com propaganda nos principais jornais de Washington.

Segundo Joel Velasco, representante da Unica na América do Norte a campanha explicitará que o etanol é um combustível renovável produzido a partir da cana-de-açúcar, que é cultivada em mais de 100 países, entre eles o Brasil e os EUA. A exemplo de outros tipos de etanol, como o de milho produzido nos EUA, o de cana pode ser misturado à gasolina, como já ocorre no Brasil na proporção de 25% e nos EUA, onde a mistura é de 10%.

A campanha da Unica é centrada em três pontos principais: o fato do etanol de cana reduzir 60% da emissão de gases de efeito estufa, a economia de até 1 dólar por tanque cheio com a utilização do etanol de cana, e o fato do etanol de cana ser uma das melhores opções para diversificar as fontes de energia utilizadas nos EUA e assim contribuir para a política de segurança energética americana.

Porém, o lobby do etanol de milho também foi para o contra-ataque, com sua própria campanha, que é focada na comparação do etanol de milho com o petróleo, e não citando o fato da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) ter designado o etanol de cana - e não o de milho - como "biocombustível renovável avançado", e o que mais reduz as emissões de gases de efeito estufa.

Enquanto a campanha da Unica atinge vários meios de comunicação norte-americanos, uma campanha publicitária feita para a televisão pelo lobby do etanol de milho dos Estados Unidos também começou a ser veiculada hoje. A campanha feita pelo Growth Energy deve durar seis meses. Na propaganda, durante 15 segundos, a indústria de etanol é mostrada como uma fonte de empregos local e ainda uma fonte de combustível mais limpa que o petróleo.

As duas campanhas foram lançadas justamente no período de discussão no Congresso norte-americano sobre os subsídios concedidos para a produção do combustível à base de milho e a tarifa de importação que incide sobre o etanol de cana-de-açúcar do Brasil. A campanha da Growth Energy compara o etanol de milho com o petróleo.

O crédito fiscal de 45 centavos por galão pago para as companhias que misturam o etanol à gasolina e a tarifa de importação de 54 centavos de dólar por galão de etanol expiram neste ano, a menos que ocorra uma intervenção do Congresso. No ano passado, o governo destinou cerca de US$ 4,8 bilhões em crédito fiscal para a produção de 10,6 bilhões de etanol de milho.

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