Marketing

Estudo revela preferências do consumidor em anúncios mobile

Resultados indicam que as preferências em publicidade móvel são mais semelhantes entre consumidores do Reino Unido e os EUA e entre o Brasil e a China

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 17h47.

São Paulo - Os anúncios em dispositivos móveis como celulares, smartphones, tablets e notebooks, devem oferecer produtos ou serviços de conveniência, que facilitem a vida do consumidor e devem ser enviados no momento certo.

É o que revela a pesquisa "Mobile Advertising: What do consumers want? A cross-country comparison", realizada pela PwC em quatro países: Brasil, China, Reino Unido e Estados Unidos.

Foram entrevistadas 3,8 mil pessoas com o objetivo de identificar as reações do consumidor aos anúncios em dispositivos móveis, os fatores que influenciam a decisão de clicar ou não num anúncio móvel, a relação entre a relevância do anúncio e a receptividade à publicidade móvel e a disposição em compartilhar informações pessoais entre outros aspectos.

Em geral, os resultados indicam que as preferências em publicidade móvel são mais semelhantes entre consumidores do Reino Unido e os EUA e entre o Brasil e a China.

Entretanto, algumas preferências deixam de lado as diferenças culturais, incluindo as melhores e menos aceitáveis formas de atingir os consumidores.

Artifícios como palavras-chave acompanhadas por texto, emails ou telefonemas são algumas das maneiras menos aceitas pelos consumidores e correm o risco de ter um efeito negativo sobre as marcas.

Para Estela Vieira, sócia da PwC Brasil e líder de Mídia & Entretenimento, existem algumas preferências culturais distintas que as empresas precisam levar em conta para atingir consumidores em diferentes países.

É preciso levar em consideração idade, gênero, padrão de consumo e particularidades regionais.

“Aqueles que estão atentos às diferenças e aproveitam dados para elaborar anúncios mais relevantes em dispositivos móveis, serão melhores posicionados para obter resultados nesses mercados”, reforça.

Vale ressaltar, no gráfico a seguir, que das 19 atividades listadas (incluindo “outros”), a população do Brasil é a mais fortemente envolvida em 15 delas, quando comparada aos outros países.

Quais atividades os consumidores mais realizam em seus dispositivos móveis – pelo menos uma vez por semana ou mais?

Atividades Brasil China Reino Unido EUA
Acessar notícias, previsão do tempo e esporte 87% 95% 95% 97%
Utilizar aplicativo para encontrar localização 81% 81% 74% 87%
Acessar redes sociais (Facebook) 95% 88% 79% 87%
Jogos 90% 86% 66% 77%
Utilizar o GPS 80% 65% 63% 73%
Acessar sites de vídeo (Youtube) 93% 80% 56% 79%
Transação bancária; pagar contas 77% 67% 67% 67%
Utiliza aplicativos para acessar redes profissionais (Linkedin) 77% 59% 44% 40%
Fazer compras 59% 71% 43% 32%
Download programas de TV 68% 69% 25% 25%
Download filmes 73% 71% 17% 21%
Compra de ingressos (shows, cinema) 51% 32% 11% 7%
Fazer reservas em restaurantes 48% 37% 15% 13%
Compra de ingressos para eventos esportivos 45% 22% 7% 5%
Fazer reservas em hotéis e voos 40% 23% 10% 10%
Verificar voos 40% 21% 10% 12%
Compras online referentes a viagens (avião, hotéis) 38% 31% 15% 8%
Comprar ou vender ações 36% 35% 7% 5%
Outras compras 6% 5% 3% 2%

Reino Unido e EUA X Brasil e China

Os consumidores do Brasil e da China integram mais atividades móveis em seu dia-a-dia, quando comparados aos consumidores dos EUA e Reino Unido.

Os brasileiros são os mais engajados em atividades móveis do que os consumidores de qualquer outro país pesquisado.

Mas os chineses aparecem como os mais suscetíveis a comprar mercadorias online, bem como realizar downloads de séries de TV.

Os entrevistados do Brasil e da China são os mais dispostos a compartilhar informações pessoais em aplicativos gratuitos ou com menos anúncios.

Eles também estão mais propensos a clicar em anúncios se o conteúdo for pessoalmente relevante, sugerindo interesse e receptividade à publicidade móvel.

“O brasileiro é curioso, se ele achar interessante, acabará clicando”, explica Gardênia Rogatto, gerente da PwC Brasil e especialista em entretenimento e mídia. Ela ainda ressalta que isso não significa que as pessoas irão navegar por muito tempo naquela página.

Os EUA e Reino Unido foram os mais alinhados ao longo de toda a pesquisa, apresentando listas idênticas sobre a ordem relativa das preocupações com publicidade móvel.

As maiores preocupações nos dois mercados incluem: ultrapassar a linha do espaço individual, anúncios que não permitem que o usuário os fechem, muito intrusivos, receber muitos anúncios ou anúncios não relevantes.

Ao contrário do Brasil e da China, o Reino Unido e os EUA são menos influenciados por “brindes” vinculados a publicidade móvel, especialmente quando são necessárias informações pessoais para recebê-los.

Tanto americanos quanto britânicos afirmaram que não há um horário específico no dia em que eles estejam mais abertos a receber anúncios via dispositivos móveis, enquanto os brasileiros são mais receptivos ao acordar. Já os chineses são mais receptivos a caminho do trabalho.

A maior diferença entre Reino Unido/EUA e Brasil/China é em relação à importância dos anúncios personalizados, com o nome do consumidor/usuário.

O Brasil e a China demonstraram forte preferência para a personalização. Já para os EUA e Reino Unido, esse tipo de anúncio é bem menos relevante.

Tipo de Publicidade Móvel Aceitável Brasil China Reino Unido EUA
Por interesse 74% 76% 54% 54%
Interesse em compra online 37% 50% 35% 25%
Por localização 44% 40% 41% 44%
Tipos de sites acessados pelo celular 28% 36% 20% 24%
Tipos de sites acessados por computadores e tablets 25% 30% 23% 19%
Histórico de compras anteriores 13% 20% 6% 5%
A caminho do trabalho 19% 18% 7% 5%
Por palavras chaves utilizadas em emails 15% 16% 3% 1%
Por palavras chaves usadas em mensagens de texto 15% 14% 1% 2%
Pelo nome do usuário 41% 14% 9% 5%
Por palavras chaves utilizadas em ligações 12% 12% 1% 1%

Entretanto, os resultados mostram que existe oportunidade de aumentar os investimentos com publicidade móvel.

Para Estela “compreender as nuances de como os consumidores querem receber o conteúdo e adaptar os programas é o grande diferencial daqueles que estão no caminho certo”.

A pesquisa mostra também que os consumidores brasileiros são os mais tolerantes com publicidade móvel. Eles estão mais dispostos a interagir com os anúncios do que simplesmente ignorá-los.

Quanto à preferência ao tipo de publicidade, os brasileiros e britânicos são os menos interessados em cupons.

Os anúncios em vídeo são os preferidos por 55% dos brasileiros. Nos EUA e Reino Unido, eles são os últimos por ordem de preferência.

Acompanhe tudo sobre:Anúncios publicitáriosCelularesConsumidoresIndústria eletroeletrônicaNotebooksSmartphonesTablets

Mais de Marketing

Burger King e Mari Maria lançam glosses com aromas inspirados em itens do cardápio

Casa da Asics em São Paulo já realizou mais de 20 mil encontros com corredores

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?